Tomás Santos Silva lidera o 86º Campeonato Internacional Amador Masculino de Portugal, sendo apenas a segunda vez que um português comanda no final da primeira volta, desde que o torneio se transferiu para o Montado Hotel & Golf Resort. 

Esta é a 6ª edição consecutiva no campo de Palmela e neste palco só João Carlota tinha encabeçado o leaderboard aos 18 buracos, com 67 pancadas, 5 abaixo do Par, em 2014, terminando o torneio no 10º empatado (-1). 

Tomás Silva fez hoje (quarta-feira) ainda melhor, pois concluiu a jornada inaugural em 66 pancadas, 6 abaixo do Par, o seu melhor resultado de sempre nesta competição, um ano depois de nem ter passado o cut. 

"Foi uma volta bastante sólida. Não fiz nenhum bogey, concretizei 6 birdies, nos quatro greens que falhei fiz chip e putt e salvei sempre o Par. É uma boa volta, com o dia de hoje, com chuva e vento, será um resultado muito difícil de bater", disse o triplo campeão nacional amador, que converteu 3 birdies nos primeiros nove buracos e outros 3 nos últimos nove. 

"Eu não costumo jogar bem neste torneio e no ano passado estava na faculdade (licenciou-se entretanto), não conseguindo preparar-me minimamente para este torneio. Este ano estou dedicado 100% ao golfe e é normal que as boas voltas possam aparecer nestes campeonatos", acrescentou. 

Com efeito, o recente campeão do 1º Torneio do Circuito FPG no Penina Golf não tinha grandes memórias deste Internacional de Portugal. Tem participado todos os anos desde 2011, mas esta foi apenas a sua terceira volta na casa das 60’s, tendo superado o seu anterior recorde pessoal de 68 (-4) em 2014.

Os objetivos são este ano bem mais ambiciosos, embora Tomás Silva seja cauteloso, pois sabe que ainda falta muito para jogar e amanhã (quinta-feira) irá apanhar com mais vento na parte da tarde, saindo às 12h10: "Sei que me preparei bem, sei que se fizer o meu jogo tenho capacidade para lutar pelos primeiros lugares. Foi com essa intenção que vim para aqui, o dia de hoje prova-o e espero ser capaz de fazê-lo nos próximos três dias. Mas não gosto de definir objetivos em termos de classificação final ou dizer que vou ganhar o torneio, porque isso pode ser uma vantagem, mas também uma desvantagem." 

Desde que o torneio passou do formato de match play (eliminação direta) para o de stroke play (por pancadas), só dois portugueses conquistaram o título, Pedro Figueiredo em 2008 no Estela Golf e Gonçalo Pinto em 2013 já aqui no Montado. Ainda estamos muito longe de coroar um terceiro membro da seleção nacional da FPG, mas foi um bom início de Tomás Silva, que dispõe de uma vantagem de 2 pancadas sobre dois ingleses, Scott Gregory e Steven Robins. 

O dia de hoje teve duas realidades bem distintas, uma vez qu  de manhã choveu pouco e o vento esteve menos forte, mas à tarde soprou com intensidade e a chuva chegou mesmo a forçar a organização a parar o jogo durante alguns minutos para que a água fosse removida dos greens. Houve ainda o risco de não se conseguir concluir toda a primeira volta mas todos os 120 participantes chegaram ao fim, embora o último grupo em pleno crepúsculo. 

Para além de Tomás Silva há mais quatro portugueses no cut provisório reservado ao top-40 (incluindo empatados) no final do terceiro dia: Vítor Lopes, João Girão e Pedro Lencart, que igualaram o Par-72 do campo e estão no grupo dos 22.ºs classificados, e Afonso Girão, em 33º empatado, com 73 (+1). Todos estes cinco portugueses jogaram de manhã, sob condições mais benignas. Amanhã, irão atuar de tarde, provavelmente com mais vento. 

Os resultados completos da primeira volta, incluindo os 20 portugueses, encontram-se no link: site oficial da FPG. 

Outras declarações de jogadores portugueses bem classificados

 João Girão 

"Foi uma volta consistente. Não joguei mal, mas a bola ficou sempre longe da bandeira e não estive muito forte no putt. Mas Par do campo é um resultado que me deixa com boas opções para os próximos dias. Os únicos bogeys que fiz foram de 3 greens a 3 putts."

 Afonso Girão 

"Para aquilo que joguei, consegui um bom resultado, o que é sempre importante e é um resultado que não compromete." 

Vítor Lopes 

"Hoje não “patei” nada bem, mas lutei muito e terminei forte, com 4 birdies nos últimos cinco buracos. Não porque estivesse a 'patar' melhor mas porque meti mais bolas perto da bandeira. Foi bom terminar assim, mostra que posso jogar melhor neste torneio."

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