Tianjin Quanjian teve Jiménez e Falcao na mão

Líder do clube chinês revelou que foi forçado a deixar cair as negociações com Jorge Mendes face às limitações impostas pela federação.

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Rafael Marchante/Reuters

O benfiquista Raul Jiménez esteve para assinar pelo Tianjin Quanjian, admitiu esta terça-feira o presidente do clube chinês, revelando que os novos limites salariais e o número de estrangeiros impostos pela federação abortaram o negócio.

"Encontrei-me com Jorge Mendes e estava preparado para contratar Falcao e Raul Jiménez. Os salários estavam definidos e os dois atletas estavam prontos para assinar. Entretanto, fomos avisados das restrições nos salários e do número de jogadores estrangeiros. Não tivemos opção, tivemos de mudar os planos", lamentou Shu Yuhui à Tianjin TV.

Na segunda-feira, a federação chinesa anunciou que limitará a três o número de estrangeiros por equipa num jogo para a época que começa em Março, de forma a travar os gastos milionários com talentos estrangeiros.

Recentemente, o Shanghai SIPG pagou ao Chelsea 60 milhões de euros pelo médio brasileiro Oscar, enquanto o Shangai Shenhua garantiu o argentino Carlos Tévez, pagando um salário a rondar os 19 milhões de euros por época.

Diego Costa, do Chelsea, Edinson Cavani, do Paris Saint-Germain, Radamel Falcao, do Mónaco, e Raul Jiménez, do Benfica, são alguns dos futebolistas que estavam na calha para integrar o campeonato chinês. "Houve negociações por Diego Costa. É verdade que pensámos nele, tal como no Cavani", acrescentou.

Shu Yuhui admitiu que, face às novas regras, o clube até poderá perder a sua maior estrela, Luis Fabiano: "Ficámos desamparados. Estamos a discutir se ficamos ou não com o Fabiano".

A crescente força financeira do futebol chinês causou algum alarme na Europa, com o treinador do Tottenham, Mauricio Pochettino, a dizer mesmo que os clubes chineses tinham "partido" o mercado com contratações milionárias.

Anteriormente, eram quatro os não chineses admitidos numa equipa, desde que um fosse de uma federação asiática. A federação diz que as regras mais apertadas visam ajudar a desenvolver o futebol na China, sendo que o líder do país, Xi Jinping, está determinado em colocar o país entre as superpotências internacionais.

A organização prometeu refrear "a recente aparição de investimentos irracionais e o pagamento de altas verbas de transferência e salários para futebolistas nacionais e estrangeiros".

A China está actualmente em 82.º lugar do ranking da FIFA, mas só se qualificou para um Campeonato do Mundo, em 2002, no qual não conseguiu vencer qualquer jogo nem marcar golos.

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