Thomas Roehler torna-se no segundo melhor dardista de sempre

No primeiro meeting da Liga de Diamante, o alemão bateu o recorde nacional com um arremesso a 93,90m.

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A Liga de Diamante do atletismo iniciou o seu circuito de 2017 ao fim da tarde, com o meeting de Doha, no Qatar, e, como habitualmente, foi uma entrada na época rica em resultados. Houve um, porém, que causou sensação e todos sobrelevou, da autoria do alemão Thomas Roehler no lançamento do dardo. O campeão olímpico aproveitou uma tarde perfeita quanto ao vento que se fez sentir e enviou o engenho de 800 gramas a 93,90m, um novo recorde germânico e um resultado que o coloca como segundo melhor da história com o novo dardo, adoptado em 1986, depois de o alemão de leste Uwe Hohn ter “obrigado” a mudar as regras do evento ao lançar a 104,80m.

Agora, só o checo Jan Zelezny, autor daquele que é para muitos o melhor recorde mundial do atletismo, com 98,58m em 1995, está acima de Roehler. E se for para diante a proposta de revisão dos recordes oficiais, em curso, Roehler pode tornar-se então o novo recordista mundial… O alemão abriu o concurso com 82,94m e depois subiu sempre, com 85,52m e 88,12m, surgindo o grande disparo à quarta tentativa. Na segunda posição, o também alemão Johannes Vetter subiu o recorde pessoal para 89,67m, ficando em terceiro o checo Jakub Vadlejch, também perto do seu melhor, com 87,91m.

Outra prova extraordinária foi a de 3000m obstáculos feminina, na qual a queniana Hyvin Kiyeng, que já era a terceira melhor de sempre, confirmou esse estatuto, impondo-se com 9m00,12s à compatriota Beatrice Chepkoech (9m01,57s), que passou a ser a quarta melhor da história, e à recordista mundial Ruth Jebet (Bahrein – 9m01,99s). Em quarto lugar ficou mais uma queniana, Celliphine Chespol, que pulverizou o recorde mundial júnior, com 9m05,70s.

Imparável, de um ano para o outro, manteve-se a sul-africana Caster Semenya, e a sua marca desta sexta-feira nos 800m, 1m56,61s, apresenta-a como uma ameaça ao mais antigo recorde mundial feminino, 1m53,28s, da checa Jarmila Kratochvilová, que data de Julho de 1983.

Na velocidade feminina, a jamaicana Elaine Thompson venceu em 200m o renovado duelo com a holandesa Dafne Schippers, com 22,19s contra 22,45s. Já nos 100m masculinos houve alguma surpresa, com a imposição contra o vento do sul-africano Akani Simbine, em 9,99s, face ao antigo recordista mundial jamaicano Asafa Powell (10,08s), enquanto o americano Justin Gatlin não passou de quarto, com 10,14s.

Abderrahman Samba, do Qatar, confirma-se como uma grande revelação nos 400m barreiras, tendo ganhado com 48,44s e quase um segundo de vantagem sobre o campeão olímpico americano Kerron Clement (49,40s).

Outras melhores marcas do ano estiveram a cargo dos quenianos Elijah Manangoi (3m31,90s) e Robert Kwemoi (7m28,73s), respectivamente em 1500m e 3000m, e do qatari Mutaz Essa Barshim, no salto em altura, com 2,36m.

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