Sporting também não vacila antes de receber o Benfica

“Leões” chegam à quinta vitória consecutiva da época com triunfo sobre o Vitória. Dost volta a isolar-se na frente da Bota de Ouro.

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Jogadores do Sporting festejaram três vezes no Bonfim LUSA/MÁRIO CRUZ

Jorge Jesus já o disse várias vezes e, provavelmente, terá razão. Se a liga portuguesa tivesse mais uma mão cheia de jornadas, talvez o Sporting pudesse ter hipóteses concretas de lutar por mais alguma coisa do que segurar o terceiro lugar, que é o que parece condenado a fazer nesta realidade em que já só tem cinco jogos pela frente. Nesta sexta-feira, os “leões” foram ao Bonfim, terreno onde o Benfica perdeu e o FC Porto empatou, triunfar por 3-0 sobre o Vitória de Setúbal, alcançando a sua quinta vitória consecutiva. É a melhor série da época para a equipa de Alvalade e um bom indicador de forma para o derby do próximo fim-de-semana com o líder.

Foi uma noite em que quase tudo correu bem para os “leões”. Triunfo relativamente tranquilo, garantido com bastante tempo para jogar, com alguma nota artística e com mais um golo na campanha da Bota de Ouro de Bas Dost, o 28.º, mais um que Lionel Messi — a única contrariedade foi mesmo o cartão amarelo a Marvin Zeegelaar que o afasta do jogo com os “encarnados”. Jesus só não deve ter gostado mesmo daqueles primeiros dez minutos, em que o Vitória foi quase sufocante no domínio territorial e o Sporting uma equipa submissa. Só que os homens de Couceiro não conseguiram aproveitar essa fase inicial e o jogo rapidamente mudou de mãos.

O Sporting bem pode agradecer a uma falha colectiva da defesa do Vitória (guarda-redes incluído) o seu primeiro golo. Bruno César ganhou o flanco, fez o cruzamento, Frederico Venâncio e Bruno Varela hesitaram a intercepção e Gelson Martins fez o primeiro do jogo.

Logo a seguir, uma má reposição do guardião sadino deixou Gelson com a bola nos pés com o sportinguista a fazer o cruzamento para Bas Dost que atirou ao lado. Como a bola não entrou, o árbitro assinalou livre por falta de Nuno Pinto sobre o extremo, um lance em que os “leões” reclamaram penálti — o lateral sadino só largou a camisola do adversário já dentro da área.

O Vitória ainda conseguiu dividir mais ou menos o jogo, sobretudo graças à inspiração de João Amaral e João Carvalho, mas não teve seguimento na segunda parte e não criou uma oportunidade clara de golo durante todo o jogo. Aos 55’, William Carvalho fez de cabeça o 2-0 na sequência de um canto de Bruno César — o médio já tinha marcado na primeira volta — e, aos 62’, Bas Dost finalizou um enorme cruzamento de trivela de Alan Ruiz.

Ainda com meia-hora por jogar, os “leões” já tinham o jogo no bolso e ainda ficaram a dever a si próprios mais uns quantos golos para colorir a sua melhor fase da época. É sempre bom mostrar força antes do jogo com o rival (que está a oito pontos) e, embora ainda não seja impossível, é cada vez mais forte a sensação de que o Sporting chegou tarde à luta.

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