Sporting perde os primeiros pontos na pior altura possível

A equipa “leonina” deixa a liderança da Liga NOS entregue ao FC Porto, precisamente na véspera do duelo com os “dragões”.

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Jogadores do Moreirense festejam o golo contra o Sporting LUSA/MANUEL ARAUJO

Não há altura boas para perder pontos, mas há alturas piores do que outras e para o Sporting os dois pontos que neste sábado deixou em Moreira de Cónegos, frente ao Moreirense, antepenúltimo da classificação, foram perdidos num péssimo momento. A quatro dias do importante jogo com o Barcelona para a Liga dos Campeões mas, acima de tudo, a uma semana do duelo com o FC Porto. A equipa “leonina” entrega assim a liderança isolada do campeonato ao rival portista e vai entrar em desvantagem no clássico da próxima jornada.

Depois do empate caseiro para a Taça da Liga frente ao Marítimo com uma equipa “alternativa”, Jorge Jesus voltou a chamar ao “onze” os habituais titulares. A excepção foi Acuña, lesionado. Mas a equipa que tem vindo a deslumbrar neste arranque de campeonato, desiludiu neste sábado, frente ao Moreirense, e somou a segunda igualdade consecutiva.

A primeiro tempo foi totalmente desperdiçado, porque, como o próprio Jorge Jesus admitiu na entrevista rápida após a partida, “na primeira parte o Sporting jogou quanto baste, à espera que o golo aparecesse sem ser uma equipa intensa e combativa como tem sido e foi penalizada no final da primeira parte com o golo do Moreirense”.

Um golo de Rafael Costa que premiou a garra colocada em campo pelos jogadores do Moreirense, que dificultaram bastante a construção de jogo do Sporting. E a equipa de Manuel Machado ainda se pode queixar de um fora-de-jogo mal assinalado e que deixaria dois jogadores da equipa da casa isolados frente a Rui Patrício.

No final do encontro, Jorge Jesus apontou o dedo a alguns dos seus futebolistas. Sem os identificar, o técnico admitiu que “na primeira parte, alguns dos jogadores não estiveram ao seu nível”. E a verdade é que o Sporting sentiu a desinspiração daqueles que têm sido as principais referências da equipa neste início de temporada quase perfeito. Bruno Fernandes, de novo colocado mais afastado de Bas Dost, nunca foi aquele elemento que assusta as defesas quando pisa terrenos mais próximos da grande área; Gelson Martins pareceu sempre estar a jogar com uma qualquer limitação física; Bas Dost esteve pouco em jogo e não foi aquele “tanque” que impõe a sua presença entre os defesas adversários...

No segundo tempo, o Sporting entrou melhor. Jorge Jesus trocou o pouco influente Alan Ruiz por Doumbia e a equipa melhorou, tornando-se mais pressionante e discutindo mais os lances no meio-campo. O golo surgiria de um desses lances de pressão, ainda que em excesso, já que Piccini fez falta sobre um adversário não assinalada pela equipa de arbitragem. Do canto nasceu a igualdade, cortesia de Aberhoune, o central do Moreirense que fez autogolo.

Vivia-se o melhor período do Sporting no encontro e Gelson ainda acertou na barra da baliza adversária mas depois deste lance pouco mais se viu do Sporting, que foi perdendo o descernimento e poucas ocasiões de verdadeiro perigo foi capaz de criar.

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