Pouco Sp. Braga para incomodar um poderoso Shakhtar

Ucranianos, que venceram todos os cinco jogos frente aos bracarenses, voltaram a mostrar ter mais e melhores opções.

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Bakic foi um dos jogadores que entraram na segunda parte Reuters/GLEB GARANICH

No reencontro com Paulo Fonseca, o Sp. Braga perdeu com o Shakhtar Donetsk por 0-2, na Ucrânia, mantendo, após duas jornadas, o terceiro lugar do grupo H da Liga Europa, embora agora a cinco pontos dos ucranianos e a três dos belgas do Gent.

Cedo se percebeu os moldes em que o jogo iria decorrer, com os ucranianos mais mandões e os bracarenses mais na expectativa. Só não se esperava que o Shakhtar marcasse tão cedo: livre de Fred aos cinco minutos e Stepanenko, aproveitando uma bola perdida na área, “fuzilou” Marafona, a cumprir a sua estreia europeia. O jogo ucraniano assentou numa pressão muito grande sobre o adversário, forçando muitas vezes o Sp. Braga ao erro e impedindo a equipa portuguesa de sair a jogar.

A formação de Donetsk ganhava as segundas bolas, atacava pela esquerda, pela direita [muitas dificuldades para Marcelo Goiano] e sempre que chegava à área eram momentos de aflição para uma defensiva bracarense remendada devido a uma série de lesões. Mas a capacidade física do Shakhtar não durou sempre e o Sp. Braga foi conseguindo estancar o jogo do adversário. A equipa portuguesa equilibrou as operações, mas faltou-lhe o resto: chegar à área ucraniana [o que praticamente só aconteceu na sequência de livres] e criar perigo. O internacional ucraniano Pyatov vivia uma noite tranquila.

O segundo tempo começou com algo que se julgava positivo para o Sp. Braga: a expulsão de Fred, que até aí se revelava o melhor jogador do Shakhtar. O árbitro Tobias Stieler considerou que o médio brasileiro simulou penálti [o que não foi o caso, embora também não tenha havido grande penalidade] e os ucranianos ficavam a jogar com 10 durante, praticamente, toda a segunda metade. No entanto, nos nove minutos seguintes, os bracarenses não conseguiram aproveitar a superioridade numérica e quem aproveitou para voltar a marcar foi o Shakhar, por Kovalenko, aos 56’, aproveitando as sobras de um livre de Bernard.

Mesmo assim, e a jogar contra 10, a equipa portuguesa tinha tempo para tentar sair de Lviv com outro resultado. O problema é que o Sp. Braga nunca se conseguiu encontrar, nem sequer criar perigo, apesar dos esforços de Peseiro a partir do banco, nomeadamente passando a jogar com dois pontas-de-lança a partir dos 57 minutos [Stojiljkovic juntou-se a Hassan]. Com contra-ataques muito velozes, foi mesmo o Shakhtar a colocar em sentido a defesa bracarense, por mais que uma vez.

Em cinco jogos contra os ucranianos, o Sp. Braga perdeu todos. Esta quinta-feira voltou a notar-se a diferença. O Shakhtar é mais poderoso, tem opções que os minhotos não têm e, por isso, o desfecho acaba por não ser surpreendente.

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