Não foi a melhor exibição de João Sousa na sua estreia no Barcelona Open e, no ATP World Tour, isso paga-se caro. O tenista vimaranense, isento da ronda inicial por ser o 15.º cabeça de série, defrontou um adversário, Horacio Zeballos, mais confiante por já ter um encontro ganho no torneio catalão e essa diferença notou-se nos momentos cruciais de cada set.

“Penso que não consegui jogar ao meu melhor nível, tive algumas oportunidades no primeiro set de fazer o break e foi devido a não tê-lo feito que perdi o set. Foi um encontro bastante bem disputado, penso que ele jogou bastante bem e a grande diferença foi que não consegui ser fiel ao meu estilo de jogo e ser agressivo”, admitiu Sousa (37.º no ranking), depois de perder com o argentino em duas partidas: 7-6 (7/3), 6-4.

No set inicial, Sousa ainda recuperou de uma desvantagem de 5-6, mas Zeballos (84.º) foi mais forte no tie-break. Na segunda partida não se registaram break-points até ao 5-6, altura em que Sousa, pressionado pelo resultado, cedeu no quarto match-point.

Sousa continua assim sem conseguir ir além da segunda eliminatória neste ATP 500, mas vai continuar em Barcelona, cidade onde reside, a preparar a participação no Millennium Estoril Open.

Para esta quarta-feira estava igualmente marcada a estreia de Andy Murray, mas o número um do ranking venceu sem entrar no court, devido à desistência do seu adversário, Bernard Tomic, que, depois de ganhar a primeira ronda, acusou problemas físicos nas costas. Nesta quinta-feira, Murray tem como adversário o espanhol Feliciano Lopez (40.º).

Já Rafael Nadal levou 75 minutos para ultrapassar o brasileiro Rogério Dutra Silva (69.º), por 6-1, 6-2. Segue-se Kevin Anderson (66.º).

As atenções do mundo do ténis também estiveram centradas em Estugarda, onde Maria Sharapova regressou à competição após a suspensão de 15 meses por uso de doping. Embora tenha sentido alguma “ferrugem”, a russa de 30 anos venceu a italiana Roberta Vinci (36.ª), por 7-5, 6-3. “Como já faço isto há tanto tempo, mesmo estando enferrujada e a tentar ganhar ritmo, quando estou no court tento bloquear tudo que vem de fora. Sou uma competidora por natureza”, explicou Sharapova, que se mantém alheia às polémicas sobre a entrega de convites para jogar torneios, como é o caso de Roland Garros, o que tem suscitado muitas críticas por parte de outras jogadoras. “Deixo as coisas correr. Não estou a receber wild cards para receber um troféu. Ainda tenho de disputar encontros e ganhá-los”, frisou.