Bas Dost e um final feliz em Alvalade

Um golo de Bas Dost, a converter um penálti cometido sobre si, aliviou a pressão que se foi acumulando em Alvalade

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LUSA/MIGUEL A. LOPES
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Os adeptos do Sporting têm uma natureza sofredora, mas resiliente. A cada início de temporada acreditam piamente que é desta que a equipa de futebol irá encerrar a malapata que a assombra no campeonato nacional há 35 anos, com duas honrosas excepções. Esta sexta-feira, voltou-se a transpirar muito nas bancadas do Estádio de Alvalade. Um domínio avassalador do “leão” no relvado frente ao Vitória de Setúbal não tinha efeitos práticos no marcador. Até ao minuto 86’, quando Bas Dost apontou, de penálti, o golo solitário e deu ao thriller um final feliz para o conjunto da casa.

Parecia um filme muitas vezes repetido nas últimas temporadas. O Sporting jogava bem, dominava por completo, tinha o adversário encostado às cordas, mas falhava o golpe fatal e acabava frustrado. A memória deste passado traumatizante não deixava ninguém optimista quando se entrou nos derradeiros dez minutos da recepção aos sadinos.

Mas quando já ninguém parecia acreditar, um empurrão de Nuno Pinto a Bas Dost, na área vitoriana, fez renascer a esperança. E o ponta-de-lança holandês, melhor marcador do campeonato na temporada passada, não quis passar de herói a vilão e desempatou o encontro, deixando o conjunto de Jorge Jesus provisoriamente isolado no comando da prova, ao final da segunda jornada.

E o desfecho, pelo seu dramatismo, até poderá ser moralizador para um encontro bem mais importante para os “leões”, na próxima terça-feira. Irá receber neste mesmo palco os romenos do Steaua de Bucareste para a primeira mão do play-off de acesso à Liga dos Campeões. Uma competição que não se poderá dar ao luxo de ficar de fora, até pelo investimento musculado que tem feito no reforço do plantel.

Até ao lance do penálti, a equipa da casa procurou fazer tudo para tornar este encontro com os vitorianos o mais sereno possível. Entrou fulgurante, vislumbrou o golo por duas vezes nos primeiros minutos, mas embatia quase sempre no muro defensivo dos visitantes. Jorge Jesus, que já se havia queixado da forma de jogar da equipa comandada por José Couceiro na temporada passada (quando perdeu o único dos dez confrontos com o agora técnico vitoriano), esperou até pouco depois dos 60’ para mexer na equipa, fazendo entrar Bruno César, Doumbia e Bruno Fernandes.

A equipa voltou a sufocar os sadinos, cada vez mais remetidos à sua área, até Bas Dost desatar o nó. Um triunfo totalmente merecido, até face às fracas ambições dos setubalenses para este encontro, mas que voltou a demonstrar algumas falhas ao nível da finalização, onde não se pode falhar tanto e tão flagrantemente. A sorte sorriu desta vez aos “leões”, que sabem, por experiência, que não podem abusar muito dela.

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