Sharapova preparada para "levantar-se outra vez"

A tenista russa não se mostrou incomodada por não ter sido contemplada com um wild card para Roland Garros

Foto
Maria Sharapova Reuters/MAX ROSSI

“Se é isto que é preciso para me levantar outra vez, então estou totalmente pronta, todos os dias. Não há palavras, jogos ou acções que me impeçam de alcançar os meus sonhos. E eu tenho muitos”. Foi assim que Maria Sharapova reagiu ao anúncio dos wild-cards para a próxima edição de Roland Garros. A russa de 30 anos não foi contemplada com nenhum dos oito convites para o quadro principal do torneio do Grand Slam, que se inicia a 28 de Maio. Mas, mais do que a notícia em si, foram os argumentos que estiveram na base da decisão do presidente da Federação Francesa de Ténis que mais contestação criaram.

“Pode haver wild-cards para quem regressa de lesões, mas não para quem vem de uma suspensão por doping”, argumentou Bernard Giudicelli, numa frase que foi vista por muitos como uma penalização adicional à suspensão de 15 meses de que Sharapova foi alvo. “Ela cumpriu a sentença imposta. Não há razões para ninguém penalizar qualquer jogador para além das sanções que foram decididas na resolução este caso”, insurgiu-se Steve Simon, director-executivo da WTA, em defesa da ex-número um do ranking, detentora de cinco títulos do Grand Slam, entre os quais dois de Roland Garros.

Sharapova competiu este ano em Estugarda, Madrid e Roma graças a convites das respectivas organizações, obtendo pontos que a levaram ao 211.º lugar do ranking, só que não a tempo de assegurar um lugar no qualifying de Roland Garros. Mas o encontro ganho em Roma, antes de lesionar-se na segunda ronda, permite a Sharapova jogar a fase de qualificação em Wimbledon, caso não receba, como será provável, um wild card para o quadro principal do terceiro Grand Slam do ano.

Entretanto, na capital italiana, um dia depois dos Internazionali d’Italia perderem o número um masculino, Andy Murray, o torneio ficou sem o concurso da líder do ranking, Angelique Kerber. A alemã ranking foi derrotada pela estoniana Anett Kontaveit (68.ª), por 6-4, 6-0, mas não ficou muito surpreendida. “Todos sabem que não sou uma especialista da terra batida e nestas semanas não tenho estado a jogar bem”, reconheceu Kerber.

No torneio masculino, Rafael Nadal (4.º) viu a estreia reduzida a 24 minutos, tempo que levou a vencer três jogos antes de Nicolas Almagro (73.º) abandonar magoado num joelho.

Kei Nishikori (9.º) venceu David Ferrer (30,º), por 7-5, 6-2, e vai agora defrontar Juan Martin del Potro (34.º) que eliminou o britânico Kyle Edmund (53.º), por 7-5, 6-4.

Nos pares, João Sousa e Fernando Verdasco venceram os especialistas da variante, Daniel Nestor (18.º) e Edouard Roger-Vasselin (16.º), num encontro decidido no match tie-break: 6-7 (6/8), 6-4 e 10/6. Nos oitavos-de-final, o par luso-espanhol vai defrontar os líderes do ranking mundial de pares, Henri Kontininen e John Peers.

Sugerir correcção
Comentar