Será que o CG Vilamoura vai conseguir o penta?

Equipa algarvia tenta vencer Nacional de Clubes pelo quinto ano seguido

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Vilamoura chegou ao Montado pelas 14h. GolfTattoo apanhou-os / © RODRIGO CORDOEIRO

São 16 as equipas que a partir de amanhã começam a competir na prova masculina do Campeonato Nacional de Clubes Solverde (que atribui a Taça Visconde Pereira Machado), no Montado Hotel & Golf Resort, em Palmela. As atenções estão centradas no Clube de Golfe de Vilamoura, que procura o seu quinto triunfo consecutivo, algo de inédito nesta competição que remonta a 1964. 

Esta vai ser a terceira vez que Vilamoura tenta o penta. Já o tentou em 1994, numa edição jogada no Estela GC e ganha pelo CG Miramar. A segunda tentativa foi em 2004 e aí ganharam os madeirenses do CG Santo da Serra a jogar em casa. O CG Estoril também já teve a sua chance, em 1968, na quinta edição do torneio, mas perdeu para Miramar. Se Vilamoura vencer no domingo, passa a ser o clube mais vezes campeão nacional - está neste momento empatado com o Estoril, ambos com 16 títulos.

Em comum a todos estes dream teams de Vilamoura está o histórico treinador Joaquim Sequeira, que até já levou o clube ao título de campeão da Europa em 2013, no Aroeira 1. E agora, tem equipa para finalmente alcançar o penta? 

“É discutível”, responde o treinador. “O ano passado não tinha e ganhei. Portanto, as minhas previsões são iguais às do ano passado: deixar andar. Depende do que os outros clubes facilitarem ou não. Se eles me facilitarem a vida, como me facilitaram o ano passado, é lógico que posso ganhar.”

Jorge Baptista (capitão) e Joaquim Sequeira atentos ao início do treino de hoje no campo / © RODRIGO CORDOEIRO 

Descontraídos. É um bom sinal / © RODRIGO CORDOEIRO

Romeu Gonçalves: boa disposição sempre e positivismo / © RODRIGO CORDOEIRO

Nos últimos quatro títulos de Vilamoura, houve três jogadores que estiveram sempre presentes: Romeu Gonçalves, Vítor Lopes e Nathan Brader. Estes voltam agora a “picar o ponto”, juntamente com Tomás Melo Gouveia (irmão mais novo do n.º 1 do golfe português, Ricardo) e os estreantes Ricardo Freire Costa e André Sancho. Gonçalo Teodoro, de 14 anos, fazia parte da equipa em 2015, no Morgado do Reguengo, mas lesionou-se no último fim-de-semana e será o sétimo jogador, o suplente. Jorge Baptista, como habitualmente, é o capitão. 

Entre as 16 equipas, há algumas com nomes fortes a integrá-las, mas Joaquim Sequeira considera que vai ser “a mesma história de sempre”: “A guerra directa está com Oporto e Miramar. Considero o Oporto a equipa mais forte – mas Miramar pode intrometer-se. Quanto ao Estoril, o Tomás Silva sozinho não ganha.” 

Eduardo Maganinho, o treinador do Oporto, clube que ganhou pela última vez em 2010 e que foi vice-campeão em 2013 e 2015, revela as suas ambições: “São as mesmas de sempre – sempre que entramos, somos candidatos a vencer a prova, é com esse espírito que vimos cá jogar. Este ano há quatro equipas muito equilibradas, mais fortes do que as outras, mas não queria estar a referir quais.” 

O histórico treinador do Oporto considera ainda que a presente equipa é “ligeiramente mais forte do que a do ano passado”, com os seus dois wild cards Manuel Violas Jr. e Thomas Perkins e os cinco que se apuraram através do ranking criado para o efeito: o seu filho João Pedro Maganinho, Vasco Alves, Tiago Rodrigues, Afonso Girão e Henrique Barros, este o suplente. 

Nelson Ribeiro, treinador do CG Miramar, que não vence desde 1994 mas foi vice-campeão em 2014 com uma nova geração de jovens jogadores em que se destacam o novo campeão nacional absoluto Pedro Lencart, o campeão nacional de sub-16 João Maria Pontes e Tomás Bessa, é mais cauteloso, diz que o objectivo é chegar novamente à final. “Depois logo se vê quem temos pela frente”, refere. 

Destaque para o regresso do CG Tróia, campeão em 2011 no Estela GC, e que conta com nada menos do que quatro antigos campeões nacionais – Nuno Brito e Cunha, Ricardo Oliveira, Sean Côrte-Real e Ricardo Soares, além de Nuno Costa Campo, Miguel Lourenço e Jorge Abreu. 

Destaque ainda para o Lisbon SC, que não ganha desde o tricampeonato de de 1987-88-89, com quatro jogadores de grande craveira – o internacional português Gonçalo Costa, o antigo campeão nacional José Maria Cazal-Ribeiro, Tiago Tavares (um dos melhores golfistas açorianos de sempre) e Luís Costa Macedo. 

O CG Santo da Serra traz dois jogadores que já representaram a selecção nacional no Troféu Eisenhower (Campeonato do Mundo) – João Umbelino e Nuno Henriques, que depois de uma carreira de jogador profissional não muito bem sucedida voltou a ostentar o estatuto amador. Mas tem também Carlos Laranja, jogador de seleção de boys e actualmente o melhor madeirense. 

A prova realiza-se com uma volta de stroke play e no final da mesma entra-se no match play, com as oito primeiras equipas a ficarem no 1.º Flight e as restantes no 2.º Flight.

Além das equipas mencionadas, participam ainda o CG Belas, Aroeira, Montado, Juvegolfe, Oeiras Golf e ACP Golfe e Quinta do Peru com duas equipas (A e B). 

Na prova feminina (que atribui a Taça Nini Guedes Queiroz) há apenas três equipas e Miramar vai tentar vencer pela terceira vez consecutiva, tendo a concorrência da Quinta do Peru e do Lisbon SC. Neste caso jogam-se duas voltas de stroke play. A formação vencedora passa directamente para a final de domingo, as restantes duas defrontam-se no sábado para decidir quem vai ao match decisivo. 

 

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