Valtteri Bottas (Mercedes) aproveitou a segunda pole position da carreira para garantir a segunda vitória em provas de F1, juntando o primeiro lugar do pódio conquistado no GP da Áustria ao de Sochi, na Rússia, consolidando assim o terceiro lugar no Mundial de pilotos, atrás de Sebastian Vettel (Ferrari) e Lewis Hamilton (Mercedes).

Bottas alegou, no final, ter conseguido o início de corrida da sua vida, justificando a vitória com uma partida tão perfeita que enervou Vettel, por entender que o adversário fez uma falsa-partida. O alemão considerou de sobre-humano o tempo de reacção de Bottas (apenas um milésimo de segundo mais lento do que o estabelecido como humanamente possível) e obrigou os comissários a minuciosa análise de 20 minutos para excluir qualquer possibilidade de partida irregular.

Uma "largada" acidentada para Fernando Alonso (McLaren), abalroado por Daniil Kvyat (Toro Rosso), em acidente que envolveu Max Verstappen (Red Bull), levando à desistência do espanhol e do holandês, com o russo a ser penalizado. 

O arranque canhão do finlandês e a escolha de pneus (ultra-macios) mantiveram Sebastian Vettel em sentido durante a primeira metade da prova, que o alemão concluiria no segundo lugar, a pouco mais de meio segundo do Mercedes de Bottas, o que o deixou a pensar que tudo poderia ser diferente se dispusesse de mais uma volta ao circuito.

Apesar da tentativa desesperada de roubar o primeiro lugar do pódio ao finlandês não ter sido bem sucedida, o tetracampeão mundial alargou para 20 pontos a vantagem sobre Lewis Hamilton, com o inglês impotente para evitar que o australiano da Red Bull – a correr em casa do "patrão" - garantisse a presença da escuderia austríaca na cerimónia do pódio, onde Ricciardo celebrou efusivamente a quinta presença consecutiva com um brinde servido na própria bota.

O anfitrião do próximo fim-de-semana, em Silverstone, teve de contentar-se com o quarto lugar e mais seis pontos perdidos para Vettel, num Grande Prémio que começou a complicar-se com a penalização de cinco lugares na grelha de partida, a punir a troca antecipada da caixa de velocidades.

Numa corrida em que procurou limitar os danos, a degradação dos pneus do britânico não lhe permitiu o ataque final a Ricciardo e ao pódio. Hamilton, que ainda superou o Ferrari de Kimi Räikkönen, para além de ajudar a Mercedes a ampliar a vantagem sobre a escuderia italiana na luta pelo título de construtores, conseguiu o registo da melhor volta em Spielberg (1m07,411s), numa disputa paralela em que superou Ricciardo, Räikkönen, Vettel e Bottas, precisamente por esta ordem.