Equívocos de Nuno Espírito Santo ajudaram à festa do Moreirense

Com o triunfo frente ao FC Porto, a equipa de Moreira de Cónegos garantiu a permanência.

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LUSA/ESTELA SILVA

A 10 de Março, após golear em Arouca, o FC Porto assumiu a liderança do campeonato, com mais dois pontos e um jogo do que o Benfica. Quatro dias depois, os “dragões” foram afastados pela Juventus da Liga dos Campeões e iniciaram uma espiral de resultados medíocres que resultou em 13 pontos perdidos nas últimas nove jornadas. O pior, no entanto, ficou reservado para o fim: no derradeiro capítulo da época, com equívocos de Nuno Espírito Santo à mistura, o FC Porto sofreu a segunda derrota no campeonato (3-1) e ajudou à festa da permanência do Moreirense.

Com a garantia de que terminaria mais uma época sem acrescentar qualquer troféu ao espólio do seu museu, o FC Porto apresentou-se em Moreira de Cónegos com a quase totalidade dos habituais titulares — José Sá foi a única novidade —, mas Nuno Espírito Santo insistiu na colocação de Otávio num flanco — Corona ficou no banco — e entregou o criatividade do seu meio-campo a Herrera e André André — pelo terceiro jogo consecutivo, Óliver não foi utilizado. Resultado? A exibição realizada pelos portistas nunca passou da mediocridade.

Pelo contrário, Petit, que precisava de conquistar os três pontos — com o triunfo do Tondela, o Moreirense teria descido se não vencesse —, montou bem a equipa, que revelou sempre mais atitude e entrega do que o rival. Com um criativo no meio-campo (Nildo) e três avançados móveis, o Moreirense mostrou-se sempre mais perigoso e contou com a qualidade de Boateng. O ganês, de 20 anos, marcou o primeiro golo, aos 16’, e fez a assistência para o segundo, apontado por Frédéric Maciel (37’). O luso-francês, que em 2014-15 fez 14 golos pela equipa B do FC Porto, marcou na estreia a titular.

Face à vulgaridade da exibição da sua equipa, Nuno procurou corrigir o erro inicial ao intervalo: Corona e André Silva substituíram Herrera e Otávio. Com a equipa em 4x4x2 e dois extremos bem abertos, os “dragões” melhoraram de forma clara e Maxi, com um bom golo, reduziu a desvantagem portista (66’).

Com a permanência presa por arames e um FC Porto claramente mais perigoso, o Moreirense tremeu, mas Boateng voltou a fazer a diferença: aos 83’, o ganês recuperou a bola, assistiu Alex e o português, na cara de José Sá, não tremeu e deu início à festa do Moreirense, que pela primeira vez vai disputar a I Liga em quatro temporadas consecutivas.     

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