O Dakar só começou bem para Ruben Faria e Hélder Rodrigues

Os dois portugueses ficaram entre os três mais rápidos no prólogo.

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Ruben Faria obteve um bom tempo no prólogo Franck Fife/AFP

Os primeiros quilómetros do Rali Dakar 2016 foram auspiciosos para a maioria dos pilotos portugueses, mas não para Paulo Gonçalves, aquele que carrega aos ombros a responsabilidade de ser um dos principais candidatos à vitória. Ruben Faria (Husqvarna) e Hélder Rodrigues (Yamaha) terminaram o prólogo de 11 quilómetros que marcou o início da mítica prova de todo-o-terreno entre os três mais rápidos nas motos. Faria cumpriu a distância em 6m27s, o mesmo tempo que o primeiro classificado, o espanhol Joan Barreda (Honda), enquanto Rodrigues gastou apenas mais três segundos do que os dois concorrentes. “Foi uma especial bastante curta, que não quer dizer nada. Simplesmente definiu a ordem de saída para amanhã [hoje]. Não queria sair muito atrás, pelo pó, mas não queria andar mais do que os meus limites. É um bom tempo. A moto esteve perfeita e senti-me bem. Para aquecimento não está mau”, admitiu Ruben Faria.

Por seu lado, Paulo Gonçalves (Honda), segundo classificado na edição de 2015 do Dakar e que partiu para a Argentina com grandes expectativas, sofreu problemas mecânicos que o obrigaram a abrandar e chegou com um minuto de atraso em relação ao primeiro.

Foi um percalço que não compromete as aspirações ao triunfo na prova, defendeu Paulo Gonçalves, em declarações reproduzidas pela sua assessoria de imprensa: “Não entrei com o pé direito, senti alguns problemas na moto e optei por abrandar o ritmo. O verdadeiro Dakar começa amanhã [hoje] e é aí que temos de estar sempre bem e sem problemas. Sei que este será um Dakar extremamente difícil, temos um enormíssimo número de pilotos com o objectivo de vencer, mas tanto eu como a equipa Honda nos preparámos bem. Vamos para a luta, é o que eu posso prometer”, frisou. A primeira etapa do Dakar 2016 cumpre-se hoje entre Rosario e Villa Carlos Paz, num total de 623 quilómetros (dos quais 227km cronometrados) para as motos.

Acidente e neutralização

Nos automóveis, o primeiro líder foi o holandês Bernhard ten Brinke (Toyota), que completou o prólogo em 6m08s. Mas a especial inaugural do Dakar 2016 ficou marcada por uma saída de pista de um automóvel, que atingiu quatro espectadores. O piloto chinês Guo Meiling perdeu o controlo do seu Mini e saiu da estrada aos 6,6km do prólogo, segundo informou a organização do Dakar. Estiveram no local quatro helicópteros médicos, três veículos da organização e oito ambulâncias.

Bernhard ten Brinke parte na frente para os 662 quilómetros da etapa de hoje (dos quais 258km são cronometrados): “Foi incrível. Conduzi muito depressa e bem, sem cometer erros. Foi um óptimo resultado, mas foram apenas 11 quilómetros e o Dakar só começa amanhã [hoje]. Para já estamos contentes, é bom começar em primeiro”, confessou.

Os espanhóis Carlos Sainz (Peugeot) e Xavier Pons (Ford) completaram o pódio do prólogo, a três e quatro segundos de Ten Brinke, respectivamente. “Foi um bom início, apesar de ter perdido o capô ao atravessar um rio. Ficou à frente do vidro e não conseguíamos ver nada”, lamentou Sainz, através das redes sociais.

O vencedor do ano passado, Nasser Al-Attiyah (Mini) foi quarto no prólogo, enquanto o estreante Sébastien Loeb (Peugeot) fez o décimo melhor tempo. “Quis evitar quaisquer erros no primeiro dia. Correu tudo bem, vamos ver como será nas etapas mais longas”, apontou o nove vezes campeão mundial de ralis. O português Carlos Sousa (Mitsubishi) foi 18.º, a 21 segundos do líder.

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