Rio Ave temia Skoda mas embateu no muro Pavlenka

O Rio Ave foi esta quinta-feira a Praga, na República Checa, empatar com o Slavia, em jogo da primeira mão da 3.ª pré-eliminatória da Liga Europa.

Foto
Capucho viu o Rio Ave não sofrer golos na deslocação ao terreno do Slavia de Praga DR

Nuno Capucho tinha evocado o carácter dos campeões, recordando a mística assimilada durante a passagem pelo FC Porto, enquanto jogador, para deixar a marca vila-condense nesta competição, em que o Rio Ave regressa agora, dois anos depois de ter atingido a fase de grupos... e com vontade de repetir a proeza.

O discurso e a ambição do treinador tiveram impacto no grupo, que se apresentou determinado e personalizado, a reclamar as primeiras ocasiões de futebol de ataque. Rúben Ribeiro testou a atenção de Pavlenka antes de o primeiro minuto de jogo decorrido, revelando grande impaciência neste capítulo, repetindo a dose cinco minutos volvidos, sempre com grande perigo.

No Eden Arena era a equipa portuguesa a marcar o ritmo, invariavelmente pelo flanco esquerdo, onde Rafa Soares e Rúben Ribeiro provocavam os desequilíbrios, enquanto o corredor contrário adoptava uma postura mais reservada. Capucho apostava em Roderick para fazer dupla com Marcelo no centro da defesa, depois de André Vilas Boas ter sido dado como opção.

E Roderick iria revelar as primeiras fragilidades. Van Kessel não aproveitou o primeiro erro do luso-brasileiro mas Skoda, o mais temido dos checos, percebeu que poderia desestabilizar emocionalmente o adversário, o que conseguiu no primeiro de vários cabeceamentos muito perigosos para a baliza de Cássio.

O Rio Ave recompunha-se, com Wakaso a garantir a coesão a meio-campo, explorando a velocidade de Gil Dias e o remate canhão de João Novais, que, ao minuto 20, obrigava Pavlenko a voar para evitar o golo português.

Do lado checo, para além do guarda-redes e de Skoda, percebia-se que o perigo poderia surgir dos pés dos alas Van Kessel e Mihalik. A primeira parte acabaria por entrar numa fase de algum equilíbrio, mas sempre com o Rio Ave a assumir-se e a mostrar que poderia chegar ao golo. Gil Dias teve, já na segunda parte, uma oportunidade rara para marcar, mas a defesa do Slavia evitou in extremis o pior.

O Rio Ave mantinha a fasquia alta e o Slavia só por Skoda conseguia impor respeito. Cassio foi providencial num remate frontal do avançado checo, mas João Novais obrigava, mais uma vez, o guardião Pavlenka a manter o Slavia vivo. Capucho lançara entretanto Héldon e logo depois Guedes, vincando bem o que pretendia do jogo, que acabaria por chegar ao fim sem golos.

Sugerir correcção
Comentar