Ricardo Carvalho: “É obrigatório passarmos a primeira fase”

O central do Mónaco considera que Portugal pode chegar longe no Europeu.

Ricardo Carvalho afirmou esta terça-feira, na Cidade do Futebol, que a selecção portuguesa tem a obrigação de atingir pelo menos os oitavos-de-final do Euro 2016, sendo que o primeiro jogo frente à Islândia é importante, mas não decisivo.

“O primeiro jogo vale o que vale. É importante começar bem, mas se isso não acontecer temos outros jogos. Acho que é obrigatório passarmos a primeira fase e se ganharmos o primeiro jogo, isso fica mais fácil de realizar”, assumiu o defesa.

O central do Mónaco será o jogador de campo mais velho a participar numa fase final de um Campeonato da Europa, com 38 anos, mais 20 que Renato Sanches, o mais novo na lista de Fernando Santos. O experiente defesa não vê nenhum problema na situação, e assume que vai continuar a jogar, enquanto o corpo o deixar. “A cabeça diz-me para continuar a jogar e o corpo tem permitido. É uma luta que tenho comigo próprio e sei que a vou perder com a idade. Tenho o prazer de jogar até o mais tarde possível, mas vai chegar uma altura que não vai dar mais”.

Depois de seis anos de ausência de uma grande competição de selecções, Ricardo Carvalho acredita que os seus companheiros poderão beneficiar da sua experiência, tal como sucedeu com o próprio aquando da estreia com a camisola lusa.

“Em 2003, também era novo e também encontrei jogadores mais experientes, como o Luís Figo, o Fernando Couto ou o Rui Costa. Para mim foi importante ter esses jogadores mais experientes, espero que agora também seja importante para o Renato e para os outros mais jovens”, prosseguiu.

O momento do FC Porto e o regresso que não se concretizou

Ricardo Carvalho viveu alguns dos seus melhores momentos no FC Porto, onde foi três vezes campeão, e conquistou uma Liga Europa (antiga Taça UEFA) e uma Liga dos Campeões. O central continua a acompanhar os portistas, e revelou que gostaria de terminar a carreira de "azul-e-branco", mas que essa oportunidade deixou de existir.

“Houve uma altura em que gostava muito que isso se proporcionasse. Penso que o momento poderia ser depois de Madrid, mas nunca houve um convite e penso que o tempo de regressar já passou. Espero que o FC Porto encontre melhores soluções, apesar de me sentir bem, mas penso que o tempo de voltar passou, porque depois optei pelo convite Mónaco e aí tornou-se mais difícil”, revelou.

Sobre o actual momento dos "dragões", o jogador do Mónaco – que foi colega de Nuno Espírito Santo, técnico apontado ao cargo – não teceu grandes comentários. “Queira falar mais sobre a selecção, não vou falar muito sobre o Nuno que conheço muito bem. Fui colega dele no FC Porto, mas como jogador, não fui treinado por ele. Sei o percurso dele, mas nunca trabalhei com ele”.

“Inglaterra é um bom teste”

Portugal vai enfrentar o conjunto orientado por Roy Hodson a 2 de Junho, no Estádio de Wembley (19h45,TVI). No primeiro ensaio, Carvalho formou dupla com José Fonte. Com Bruno Alves integrado no estágio, e brevemente Pepe, o jogador defende que a concorrência é boa para a equipa. “Obriga-nos a ser melhores, tanto nos treinos como nos jogos. A concorrência, no meu sector, obriga-nos a estar mais concentrados e a não falhar”, referiu.

Em relação ao confronto com os ingleses, o experiente defesa – que conhece alguns jogadores dos tempos em jogou no Chelsea – respeita o adversário mas acredita que será um bom teste para a equipa das quinas.

Depois dos britânicos, Portugal defronta a Estónia a 8 de Junho no Estádio da Luz, naquele que será o último particular antes da comitiva viajar para França.

O primeiro jogo da equipa orientada por Fernando Santos será contra a Islândia, e terá lugar em Saint-Étienne a 14 de Junho. Texto editado por Jorge Miguel Matias

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