Quénia dissolve Comité Olímpico nacional e detém três dirigentes

Dirigentes são acusados de gestão caótica e de desvio de fundos e de equipamentos oficiais.

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Delegação Olímpica do Quénia na abertura da cerimónia dos Jogos Rio 2016 / AFP PHOTO / Leon NEAL

Três dirigentes do Comité Olímpico do Quénia (NOCK) foram detidos, em Nairobi, no âmbito de uma investigação, pedida pelo governo, a uma série de escândalos e erros de responsáveis quenianos durante os Jogos do Rio 2016, informaram fontes policiais.

O secretário-geral do Comité Olímpico do Quénia (NOCK), Francis Paul, foi detido na noite de sexta-feira na sua casa, enquanto o vice-secretário-geral James Chacha e o chefe da missão olímpica ao Rio de Janeiro, Stephen Arap Soi, foram detidos no aeroporto de Nairobi depois de regressarem do Brasil, segundo as mesmas fontes, citadas pela agência AFP.

Outra fonte policial indicou à agência noticiosa francesa que os três homens se encontram detidos numa esquadra do nordeste de Nairobi e que devem ser formalmente acusados na segunda-feira pela caótica gestão da delegação olímpica enviada ao Rio de Janeiro e por alegado desvio de equipamentos desportivos oficiais.

O governo queniano ordenou, no passado dia 18 de Agosto, a abertura de um inquérito, incluindo o de um suposto roubo de um avultado patrocínio, e a investigação a actividades obscuras por parte de alguns dirigentes corruptos.

Já na passada quinta-feira, o ministro queniano dos Desportos, sob pressão após a série de escândalos e de falhas nos Jogos Rio 2016, anunciou a dissolução do NOCK, organismo que defendeu, no entanto, que o governo não tem poder para o fazer.

O Quénia conquistou 13 medalhas nos Jogos do Rio 2016: seis de ouro, seis de prata e uma de bronze. Os escândalos marcaram a delegação queniana durante os Jogos. O treinador de atletismo John Anzrah fez-se passar pelo atleta dos 800m, Fergunson Rottich, para o teste de doping. O director técnico da equipa de atletismo acabaria por ser deportado do Brasil e detido em Nairobi por, alegadamente, aceitar subornos em troca de alertas sobre controlos antidoping.

 

 

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