Presidente da Federação Espanhola de Futebol fica em prisão preventiva

José María Villar é suspeito, entre outros crimes, de administração fraudulenta, apropriação indevida e falsificação de documentos.

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Zipi/EPA

O juiz Santiago Pedraz, da Audiencia Nacional - um tribunal com sede em Madrid e com responsabilidades particulares, ocupando-se dos delitos de maior gravidade, como os casos de terrorismo, crime organizado, narcotráfico e delitos económicos, entre outros - decidiu nesta quinta-feira que o presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), o seu filho e um outro dirigente do organismo ficam em prisão preventiva, sem fiança, até se esclarecerem as suspeitas de corrupção.

Tinha sido esse o pedido da procuradoria anticorrupção espanhola para José María Villar, e o seu filho, Gorka Villar, suspeitos de terem desviado cerca de 45 milhões de euros dos cofres da RFEF.

De acordo com fontes judiciais, o presidente da RFEF, o seu filho, e o vice-presidente da RFEF, que também é presidente da Federação de Tenerife (Canárias), Juan Padrón, tinham sido ouvidos durante o dia pela Audiencia Nacional, assim como o secretário da Federação de Tenerife, Ramon Hernandez.

Segundo a agência EFE, os quatro foram detidos na terça-feira numa operação de luta contra a corrupção, por suspeitas de delitos de administração fraudulenta, apropriação indevida e falsificação de documentos, todos eles relacionados com a organização de jogos internacionais. São ainda suspeitos de terem cometido ilegalidades para assegurar a sua continuidade nos cargos que ocupam e de terem realizado operações em proveito próprio e em prejuízo dos cofres da RFEF.

José María Villar, em concreto, respondeu em interrogatório sobre as operações verificadas entre a RFEF e a empresa Santa Mónica Sports, bem como sobre o património pessoal e questões de índole profissional.

A operação da polícia, com o nome de "Soule", uma referência a um jogo de origem francesa cujas origens remontam à Idade Média, incluiu a realização de buscas na sede da FEF, em sedes regionais e em vários escritórios privados pertencentes aos implicados.

Ángel María Villar foi reeleito no cargo de presidente da RFEF em Maio passado para mais um período de quatro anos, estando há 29 anos no lugar.

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