Portugal cai pela terceira vez na final do Europeu sub-19

Inglaterra impôs-se por 2-1, em Gori, e conquistou o título continental da categoria pela primeira vez.

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UEFA

Já desde a conclusão das meias-finais que se sabia que o novo campeão europeu de sub-19 seria um estreante no palmarés do torneio. Restava apurar se o nome a incluir na lista de vencedores era o de Portugal ou de Inglaterra, duas selecções que, à terceira tentativa, procuravam emendar o desfecho das duas tentativas anteriores. Saíram por cima os britânicos (1-2), os mais eficazes no Estádio Tengiz Burjanadze, em Gori.

Foi um jogo de pouco risco, como, de resto, seria de esperar. Duas selecções que já se tinham notabilizado no percurso até à final pela qualidade da sua organização voltaram a valer-se desse trunfo para se anularem mutuamente. Portugal, que fez alinhar o seu "onze" habitual, nunca fez subir muito o ritmo, e os britânicos responderam na mesma moeda, mantendo o lateral Sterling (capaz de desequilibrar no processo ofensivo) em zonas recuadas e reservando Sessegnon mais para os equilíbrios defensivos do que para as arrancadas individuais.

A bola andou quase sempre longe das balizas no primeiro tempo, uma lógica que mudou substancialmente depois do intervalo por força do golo inaugural. Num livre directo a favor de Inglaterra, Mason Mount acertou em cheio no poste e a bola foi devolvida para a cabeça do central Suliman, que surgiu oportuno na área a finalizar (50').

Preciava de reagir a selecção portuguesa e conseguiu fazê-lo. Primeiro com um pontapé de canto que só não deu golo porque Mesaque Dju falhou quase sobre a linha de baliza, depois com um cruzamento que foi buscar a felicidade que faltou ao lance anterior. Conté, um canhoto circunstancialmente no lado direito, levantou para a área e Sterling, na tentativa de aliviar, colocou a bola na própria baliza (56').

Portugal ganhou, então, algum ascendente, numa altura em que o jogo se partiu e a distância entre sectores aumentou a olhos vistos. Poderia ter sido accionado o botão do modo pause, relançando as bases em que o encontro começou, mas as duas selecções estavam interessadas em decidir a final. E embora a equipa nacional se tenha acercado com mais perigo da área inglesa, foram os britânicos a fazer mossa.

Um erro defensivo português abriu espaço suficiente para a progressão de Mount, que descobriu Lukas Nmecha ao segundo poste, para uma conclusão fácil. Estava feito o 1-2. Foi aos 68' e, de então em diante, Portugal não mais conseguiu ligar o jogo, ficando limitado às acções individuais (e Rui Pedro chegou a assustar) e à meia distância (Miguel Luís rematou com perigo à malha lateral), mesmo no momento em que procurou forçar a nota, já com Madi Queta e Rafael Leão em campo (e Diogo Dalot à esquerda, com Gedson Fernandes a baixar para a lateral direita).

O último assalto à baliza de Ramsdale foi feito à base de cruzamentos que os centrais - num momento em que a expulsão do médio Tayo Edun já tinha deixado a equipa em inferioridade numérica - conseguiram anular, confirmando o primeiro título europeu de Inglaterra, depois do estatuto de vice-campeã alcançado em 2005 e 2009. Quanto a Portugal, que ainda ameaçou por Queta de cabeça aos 90+4', terá de continuar a tentar, numa próxima edição do Campeonato da Europa.

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