Petra Kvitova regressa para abrir Roland Garros

Na competição masculina, Djokovic e Nadal são os favoritos ao triunfo, mas podem encontrar-se na meia-final.

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Kvitova THOMAS PETER/Reuters

Há cinco meses, Petra Kvitova viveu o pior momento da sua vida. O ataque de que foi vítima em sua própria casa, em Prostejov, deixou a sua carreira em risco, devido a um golpe de faca que lhe afectou vários tendões da mão esquerda. Kvitova foi vendo ténis pela televisão, estudou Comunicação Social, jogou xadrez com o treinador e trabalhou muito fisicamente. Pegou na raqueta novamente no início de Março e, neste domingo, vai regressar à competição pela porta grande: vai ter a honra de abrir a 116.ª edição do Torneio de Roland Garros no court Philippe Chatrier

“Sabia que este dia iria chegar. Não foi fácil, não houve muitas pessoas a acreditar que podia jogar ténis outra vez, por isso, já ganhei a minha primeira batalha. Senti que o ténis me tinha sido tirado e não foi uma decisão minha. De repente, não podia fazer o que amo, mas continuei a viver. Posso jogar ténis e posso estar aqui”, frisou Kvitova, bicampeã do Grand Slam, com ambos os títulos a serem conquistados em Wimbledon (2011 e 2014). Em Roland Garros, a tenista checa nunca foi além das meias-finais (2012).

A checa surge como 15.ª cabeça de série do torneio francês e no primeiro encontro oficial desde Novembro vai defrontar a norte-americana Julia Boserup (89.ª). “Tentei tudo para a minha mão recuperar os movimentos. Estou contente por não sentir dores quando pego na raqueta. Ainda não a testei num encontro. Talvez seja diferente com os nervos e certamente que vou estar tensa”, adiantou Kvitova.

No segundo encontro do court principal, estreia-se Angelique Kerber, a número um do ranking, mas longe de confirmar esse estatuto nesta época de terra batida, com apenas dois encontros ganhos em três torneios. A primeira adversária da alemã é a russa Ekaterina Makarova (40.ª).

Com as ausências de Serena Williams, grávida, Victoria Azarenka, a recuperar da gravidez, e Maria Sharapova, sem ranking nem wild-card para entrar no quadro, as principais favoritas no torneio feminino são Garbiñe Muguruza (5.ª), campeã em título, Simona Halep, campeã em Madrid, e Elina Svitolina, vencedora em Istambul e Roma.

No torneio masculino, a luta pela Taça dos Mosqueteiros deverá resumir-se a Rafael Nadal, que procura o 10.º título em Roland Garros, e Novak Djokovic, que recorreu a Andre Agassi para ajudá-lo a defender o título, embora ambos possam encontrar-se numa das meias-finais. “As mudanças que experienciei nas últimas três, quatro semanas, separando-me da minha equipa com quem estava há 10 anos e agora criando uma nova equipa, criando novas sensações, são entusiasmantes”, admitiu Djokovic.

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