Domingo passou a ser o dia decisivo de Portugal na Taça Davis

Portugueses e alemães terminaram o primeiro dia do play-off de acesso ao Grupo Mundial da competição empatados.

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Pedro Sousadeu o empate a Portugal na Taça Davis frente à Alemanha ENRIC VIVES-RUBIO

Domingo não será o dia do desembarque, até porque Portugal está a jogar na sua praia, mas será o dia desejado para derrotar a Alemanha, depois das duas selecções repartirem entre si os dois singulares do primeiro dia do play-off do Grupo Mundial da Taça Davis. Depois da desilusão que constituiu o desempenho de João Sousa, que comandou o primeiro encontro com um set e um break de vantagem, surgiu um Pedro Sousa a grande nível, levando todos os presentes no court central do Jamor a acreditarem que é possível chegar à primeira divisão da Taça Davis.

João Sousa (57.º) falhou a sua missão, possível, diante de Cedrik-Marcel Stebe (90.º), cedendo ao fim de duas horas e 36 minutos: 4-6, 6-3, 6-3 e 6-0. “Estou um pouco frustrado por não jogar ao meu mais alto nível. Não entrei bem, mas consegui jogar a bom nível e, depois, não consegui manter. Fisicamente não estive à altura do desafio, talvez por isso, tão tive boas sensações como no início. Mas nem tudo o que oomeça mal acaba mal”, explicou o número um português, que esteve em vantagem por 6-4, 3-1.

Stebe confirmou que a presença de Boris Becker junto à equipa alemã ajudou-o a motivar-se e a partir do 3-3, ganhou o ascendente sobre o vimaranense, traduzido numa série de 14 pontos consecutivos. “Ele começou a ficar cansado e o momento mudou”, confirmou o alemão.

Logo de seguida, Pedro Sousa (107.º) confirmou o bom momento de forma e derrotou Jan-Lennard Struff (54.º), por 6-2, 7-5 e 7-6 (7/5). “Foi das vitórias mais importantes e mais saborosas. Infelizmente, o João não conseguiu ganhar, mas não mudou muito a maneira como entrei, estava mais preocupado com a forma como eu ia jogar. Consegui adaptar-me bem às condições, obrigá-lo a jogar o mais possível e fazê-lo mexer”, disse Pedro Sousa.

O número dois português tremeu quando serviu no segundo set, a 5-4, cometendo um dupla-falta num set-point e outra no break-point. Mas redimiu-se quebrando o serviço de imediato, embora tenha tido de salvar mais dois break-points antes de fechar, no segundo set-point, com um amortie que apanhou Struff de surpresa.

Sousa entrou melhor no terceiro set, em que serviu em vantagem por 3-0 e a 5-4, onde desperdiçou um match-point, antes de ceder o serviço. Mas Sousa aproveitou bem estar a favor do vento no início do tie-break e trocou de campo em vantagem (4/2). A 6/4, desperdiçou novo match-point com mais uma dupla-falta, mas na oportunidade seguinte forçou Struff a falhar um vólei.

“É a história da minha vida: o serviço nunca foi a melhor arma. Este ano, fiz alguns encontros importantes para mim – como a última ronda do qualifying de Roland Garros e em challengers – que me deram a estaleca para jogar a este nível”, explicou.

Para o par de sábado, que pode ser decisivo, Nuno Marques vai apostar em João Sousa e Gastão Elias. “São um par muito forte e já jogaram encontros épicos”, justificou o capitão português. Já o seu hómologo alemão não quis abrir o jogo e deverá optar por Struff ao lado de Tim Pütz, uma dupla que venceu um challenger no último fim-de-semana.

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