Paulo Gonçalves foi segundo e reduziu distância para líder

Americano Brabec estreou-se a vencer no Dakar em duas rodas e Peterhansel consolidou liderança na classificação geral nos automóveis

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Paulo Gonçalves subiu ao oitavo posto do Dakar LUSA/NICOLAS AGUILERA

Paulo Gonçalves bem lutou, mas ainda não foi esta segunda-feira que venceu uma etapa da edição de 2017 do Dakar na classe de motos. Não foi por muito, apenas 1m44s, mas a vitória acabou por ser conquistada pelo norte-americano Ricky Brabec, seu companheiro da Honda, que se estreou no primeiro lugar do pódio deste clássico do todo-o-terreno. Na terceira posição da 7.ª etapa, ficou o britânico Sam Sunderland (KTM), que conseguiu assim aumentar a vantagem na liderança da classificação geral.

“Não foi uma etapa longa, mas foi muito difícil, com muita navegação, sobretudo a partir do quilómetro 90”, comentou Gonçalves ao site oficial da prova, no final da tirada de 161km (a ligar La Paz a Uyuni), que o fez subir uma posição na geral, ocupando agora o oitavo lugar, a 1h05m22s do primeiro lugar. “Vou continuar a lutar para recuperar da penalização que me impuseram [de 48m20s na quarta etapa]. O objectivo é fazer o melhor possível todos os dias para subir posições na geral”, concluiu o experiente piloto de Esposende, que admite estar também dependente dos erros dos adversários que seguem na sua dianteira.

Quanto aos restantes portugueses nas duas rodas, Joaquim Rodrigues encerrou a prestação na 20.ª posição, a 17m41s do vencedor, enquanto Hélder Rodrigues não foi feliz, ficando-se pelo 26.º tempo do dia. Três lugares acima de Mário Patrão, com Gonçalo Reis a ocupar a 43.ª posição. Seguiram-se Bianchi Prata (45.º), Rui Oliveira (66.º), Fausto Mota (67.º), com Fernando Sousa Jr. (74.º) a encerrar o contingente nacional.

Peterhansel mais líder

Nos carros, a primeira parte desta jornada maratona (inicialmente de 322km cronometrados, mas encurtada para 161km devido ao mau tempo), foi o veterano francês Stéphane Peterhansel (Peugeot) a superiorizar-se a toda a concorrência e a alargar a vantagem no comando da classificação. A maior oposição veio do seu companheiro de equipa Sébastien Loeb, que ficou a apenas 48s. Ambos estão agora separados por 1m05s.

À terceira posição ascendeu o espanhol Nani Roma, que continua a escalar lugares na mítica prova. O piloto da Toyota, o único que parece em posição de contrariar o domínio da Peugeot, foi quinto nesta sétima etapa, perdendo 5m32s em relação a Peterhansel, ficando a 11m07s do topo da geral. Mesmo assim, remeteu o terceiro homem da armada Peugeot, conduzido pelo também francês Cyril Despres (que acabou esta segunda-feira no sétimo posto), para o quarto lugar da classificação global.

A etapa desta terça-feira será uma das mais longas deste ano, com um total de 892km - a ligar Uyuni a Salta – 492 dos quais cronometrados.

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