O estatuto de campeão vale pouco quando o tema é Supertaça

Benfica e V. Guimarães discutem esta noite o primeiro troféu da temporada, reeditando o embate que encerrou a edição passada da Taça de Portugal.

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LUSA/NUNO ANDRÉ FERREIRA;Nuno Andre Ferreira
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LUSA/NUNO ANDRÉ FERREIRA;Nuno Andre Ferreira

A época 2016-17 terminou com um embate entre Benfica e V. Guimarães, na final da Taça de Portugal, e a de 2017-18 vai iniciar-se justamente com a mesma receita. Desta vez, está em jogo a Supertaça Cândido de Oliveira, troféu que se disputará pela 39.ª vez e que tem registado um franco equilíbrio no palmarés: 20 triunfos para o campeão em título e 18 para o detentor da Taça.

Foi, justamente, na condição de rei do Jamor que o Vitória conquistou a única Supertaça que tem no currículo. Aconteceu em 1988 e a “vítima” foi o FC Porto, que perdeu por 2-0. Desde então, os vimaranenses já voltaram duas vezes a este palco, perdendo ambas para os “dragões”, preparando-se agora para voltar a tentar contrariar um “grande” num encontro decisivo.

“Estamos preparados para encontrar o melhor Benfica e para levar o troféu para Guimarães”, destaca Pedro Martins, treinador dos minhotos, indiferente às probabilidades de êxito que possam ser atribuídas. “O grupo está bem e tudo fará para garantir este troféu, pois nada nos impede de sonhar. As finais são para conquistar”, acrescentou, aparentemente pouco preocupado com as ausências do central Pedro Henrique e do lateral Konan, por lesão.

Problemas no quarteto defensivo é algo a que o Benfica também não tem sido alheio na preparação da nova época. Com a lesão de Júlio César, ausente da convocatória para o encontro de hoje, em Aveiro (20h45, RTP1) deverá assumir a baliza o jovem Bruno Varela, recuperado ao V. Setúbal neste defeso. Na direita, André Almeida deve ocupar a vaga deixada por Nélson Semedo (até porque Pedro Pereira nem foi chamado) e Jardel é o mais sério candidato a formar dupla com Luisão no eixo da defesa.

É este o mais provável design do “remendo” que Rui Vitória vai aplicar no sector mais debilitado do plantel, ainda que o técnico do Benfica relativize as dificuldades. “Temos qualidade e quantidade suficientes para dar resposta ao desafio. Estamos muito preparados e com uma vontade imensa, com a determinação e convicção de ganhar o primeiro jogo a sério”, apontou.

Se o conseguirem, os “encarnados” conquistarão a prova pela segunda vez consecutiva pela primeira vez no seu historial. Um historial recheado de presenças no palco do evento, mas que conta com mais desaires do que sucessos: 12 derrotas contra seis títulos, o último dos quais obtido na edição passada, frente ao Sp. Braga (3-0).

Nesta competição, é o Sporting que apresenta o palmarés mais “eficaz”, com oito triunfos em nove tentativas, ainda que o líder destacado do ranking seja o FC Porto, com 20 troféus (aos quais acrescenta nada menos do que outras nove presenças na final).

Costuma dizer-se que, nestes palcos, não é preciso injectar motivação nos jogadores, que se galvanizam pelo contexto. Pedro Martins reforçou essa ideia, garantindo que o Vitória está preparado para emendar o desfecho da última Taça de Portugal, e Rui Vitória foi pelo mesmo caminho, sacudindo a desconfiança que vai existindo em torno do rendimento da equipa. “Não preciso de fazer nada de especial. Os jogadores sabem como responder. Estas são as mesmas questões dos últimos anos e, com o desenrolar da época, demos a resposta e fomos campeões.”     

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