Nadal sem pulso para Roland Garros

O espanhol justificou a desistência com uma lesão. Murray, Wawrinka e Nishikori seguem em prova,

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Nadal desapontado com a sua desistência de Roland Garros MIGUEL MEDINA/AFP

Apesar de não constar da programação do sexto dia de Roland Garros, Rafael Nadal foi notícia pelas piores razões: o espanhol que chegou a Paris à procura do décimo título no torneio francês do Grand Slam, anunciou a sua desistência, devido a um problema no pulso esquerdo, que já se arrasta há algumas semanas, mas foi piorando.

“Ontem [quinta-feira], joguei graças a uma injecção de analgésicos. Hoje de manhã, não consegui mexer muito o pulso, fiz exames e, se continuar a jogar, pode fracturar e isso significaria meses fora do circuito. É um momento muito difícil, o anúncio mais doloroso da minha carreira, pois Roland Garros é o torneio que me é mais caro”, explicou Nadal, que no sábado deveria disputar o encontro da terceira ronda com o compatriota Marcel Granollers.

Com o abandono de um dos principais candidatos ao título, Novak Djokovic ficou com uma cotação “negativa” na bolsa de apostas: 1-2. Andy Murray ainda tem uma cotação de 3 para 1, sendo o principal favorito da parte inferior do quadro a um lugar na final. Nesta sexta-feira, o britânico, que precisou de sete horas e 10 sets para ultrapassar as duas primeiras rondas, teve a vitória que mais desejava: em menos de duas horas venceu o croata Ivo Karlovic (28.º), por 6-1, 6-4 e 7-6 (7/3).

Na mesma secção do quadro de Murray, que vai defrontar John Isner (17.º), está igualmente Kei Nishikori (6.º), que precisou de 3h30m para vencer Fernando Verdasco (52.º), por 6-3, 6-4, 3-6, 2-6 e 6-4, e marcar encontro com Richard Gasquet (12.º) que dominou Nick Kyrgios (19.º), com os parciais de 6-2, 7-6 (9/7) e 6-2.

O campeão em título, Stan Wawrinka (4.º), realizou a melhor exibição da semana, para ultrapassar Jérémy Chardy (32.º), por 6-4, 6-3 e 7-5, indo agora defrontar, nos "oitavos", o sérvio Viktor Troicki (24.º). No outro encontro, jogam Milos Raonic (9.º) e Albert Ramos (55.º).

No torneio feminino, duas tenistas romenas, Simona Halep e Irina-Camelia Begu, qualificaram-se para os "oitavos", um feito inédito desde 1997 (Ruxandra Dragomir e Irina Spirlea). Halep (6.ª), finalista em 2014, venceu a promissora japonesa de 18 anos, Naomi Osaka (101.ª), por 4-6, 6-2 e 6-3, enquanto Begu (28.ª) derrotou Annika Beck (39.ª), por 6-4, 2-6 e 6-1.

Em contraste, foi um dia negro para o ténis checo, com as eliminações de Petra Kvitova e de Barbora Strycova. Kvitova, bicampeã de Wimbledon, voltou a falhar a quarta ronda pela 10.ª vez nos últimos 14 Grand Slams, dominada pela norte-americana Shelby Rogers (101.ª), pelos parciais de 6-0, 6-7 (3/7) e 6-0. Strycova (33.ª) também ganhou um tie-break, antes de ser eliminada por Agnieszka Radwanska (2.ª), com os parciais de 6-2, 6-7 (6/8) e 6-2.

Destaque para os duelos de oitavos entre Halep e Samantha Stosur (24.ª), finalista em 2010, e entre Garbine Muguruza (4.ª) e Svetlana Kuznetsova (15.ª), campeã em 2009.

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