Mourinho tenta reservar “quartos” com vista para a Champions

Old Trafford pronto para deslumbrar um Rostov longe dos pelados e para superar eliminação da Taça em Stamford Bridge

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José Mourinho deixou duras críticas ao relvado do estádio do Rostov, no jogo da primeira mão JASON CAIRNDUFF/REUTERS

É com um sentimento de missão praticamente cumprida para os belgas do Genk e do Anderlecht e uma sensação mista de alguma apreensão e ansiedade para as restantes equipas que a segunda mão Liga Europa reclama o palco à Champions para decidir quem avança para os quartos-de-final.

Com a FriendsArena, em Solna, na Suécia, reservada, a Liga Europa entra na fase das grandes decisões, começando hoje a ganhar contornos mais definidos. Já sem equipas lusas em prova, as atenções dos portugueses viram-se, naturalmente, para o Manchester United de José Mourinho, desejoso de mostrar ao Rostov as maravilhas que um relvado bem tratado pode fazer.

O empate (1-1), resultado possível no jogo da Rússia, abre boas perspectivas a Zlatan e companhia, que depois da derrota de Stamford Bridge, na Taça de Inglaterra, frente ao Chelsea, não podem falhar a qualificação numa prova que pode colocá-los directamente na Champions na próxima época. Argumento, de resto, usado por Mourinho para desvalorizar o resultado com os londrinos.

Exceptuando o resultado inequívoco obtido pelo Genk (5-2) na deslocação a Gante, ou até a vitória do Anderlecht (1-0) em Chipre, frente ao APOEL, todos os restantes duelos prometem incerteza até final.

O grande destaque vai para a cidade eterna, onde a Roma precisa de virar o 4-2 de Lyon. Os italianos até mostraram argumentos suficientes para sair de França com um resultado mais favorável, mas não previram a resiliência do Olympique, que agora poderá especular um pouco, mas sempre atento à resposta de Edin Dzeko, máximo goleador da prova, com oito golos.

A emoção andará igualmente à solta na Turquia, onde o Olympiacos de Diogo Figueiras e André Martins tenta, frente ao Besiktas de Ricardo Quaresma, repetir a proeza da eliminatória anterior, então sob o comando de Paulo Bento, que conquistou a primeira vitória de um clube grego em território turco. A desvantagem da primeira mão (igualdade a um golo) pode, porém, revelar-se difícil de contrariar.

Cenário semelhante, ainda que sem fronteiras para vencer, apresenta-se ao Schalke 04, que não conseguiu melhor que um empate (1-1) frente ao Mönchengladbach, no Borussia Park. A própria classificação na Bundesliga não ajuda a desfazer o equilíbrio.

Com uma carga mais dramática, as deslocações do Celta de Vigo a Krasnodar e do FC Copenhaga a Amesterdão (Ajax) não estão imunes a uma reviravolta. A vantagem (2-1) em ambos os casos deixa margem de manobra a russos e holandeses, que já deram mostras de poder ir mais além na competição.

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