Mónaco ultrapassa barreira dos 100 golos e já tem uma mão no título

Goleada ao Lille deixa a equipa de Leonardo Jardim a um ponto de sagrar-se campeã de França. Na Liga italiana, a Roma travou a Juventus e baralhou as contas. Marco Silva foi goleado e desceu de divisão

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Jogadores do Mónaco festejaram com os adeptos LUSA/SEBASTIEN NOGIER

A festa está por horas para o Mónaco de Leonardo Jardim, que goleou o Lille (4-0) e ficou muito perto de celebrar a conquista do campeonato francês, 17 anos depois de vencer a prova pela última vez. Os monegascos só precisam de um ponto na recepção de quarta-feira ao Saint-Étienne, num jogo em atraso, para fechar as contas do título. Mas, mesmo que deixem escapar essa oportunidade, os monegascos ainda têm a visita ao Rennes, no sábado, na última jornada da Ligue 1.

O Paris Saint-Germain jogava em simultâneo e não precisou de muito tempo para adiantar-se no marcador frente ao Saint-Étienne. Mas o Mónaco manteve a compostura e, com o seu futebol vertiginoso e atractivo, construiu uma goleada sem margem para contestação. Falcao (2), Bernardo Silva e Junior Alonso (na própria baliza) construíram um resultado que permitiu à equipa de Leonardo Jardim ultrapassar a barreira dos 100 golos na Liga francesa esta época: os monegascos já marcaram 102 golos em 36 jornadas, a uma média superior a 2,8 golos por jogo. Quanto ao PSG, goleou por 0-5 e continua a três pontos do Mónaco. Cavani (2), Lucas Moura (2) e Julian Draxler foram os marcadores de serviço.

Quem previsse um passeio a Roma para a consagração da Juventus enganou-se redondamente, porque as contas da Serie A ficaram baralhadas após o triunfo deste domingo dos romanos sobre os “bianconeri” (3-1). A duas jornadas do fim, a Juventus – que vai disputar a final da Liga dos Campeões contra o Real Madrid – viu diminuir para quatro os pontos de vantagem sobre o rival.

O empate bastava para a Juventus assegurar o sexto título consecutivo e a equipa de Massimiliano Allegri até esteve em vantagem no marcador, graças a um golo de Lemina (21’). Mas a Roma deu a volta ao marcador e impôs a quinta derrota da temporada à Juventus (todas fora de casa), que voltou a perder no campeonato quatro meses depois. De Rossi, ainda na primeira parte, restabeleceu a igualdade. E, no segundo tempo, El Shaarawy e Nainggolan completaram a reviravolta.

Numa tarde carregada de simbolismo, o Tottenham despediu-se de White Hart Lane – o clube vai avançar para a construção de um novo estádio e na próxima época joga em Wembley – com um triunfo por 2-1 sobre o Manchester United de José Mourinho. Foi o 17.º triunfo nos 19 jogos disputados em casa, esta temporada, na Premier League, um resultado que a juntar-se aos dois empates concedidos (contra Liverpool e Leicester City) permitiu ao Tottenham terminar a época invicto nas partidas disputadas perante os seus adeptos pela primeira vez desde a época 1964-65.

A equipa de Mauricio Pochettino adiantou-se logo aos seis minutos do encontro, com Wanyama a aproveitar uma falha de marcação de Rooney para saltar sem oposição e cabecear para o 1-0. No início da segunda parte Harry Kane fez o segundo dos “spurs”. O United melhorou quando Mourinho recorreu a Mkhitaryan e Ander Herrera, e ainda conseguiu reduzir a diferença no marcador por intermédio de Rooney. Mas os “red devils” não evitaram a segunda derrota consecutiva (a quinta da temporada na Premier League) e deixaram de ter possibilidades matemáticas de chegar a um lugar no top-4, as posições que dão acesso à Liga dos Campeões. A aposta de Mourinho passa por conquistar a Liga Europa – vai disputar a final com o Ajax – e assim garantir uma vaga na principal competição europeia.

Outro treinador português em Inglaterra teve um dia para esquecer: o Hull City, que em Janeiro recorreu a Marco Silva para tentar fugir à descida, foi goleado pelo Crystal Palace (4-0) e viu consumada a despromoção ao segundo escalão do futebol inglês. Questionado sobre a sua continuidade no clube, o técnico remeteu esclarecimentos para outra altura: “Agora não é o momento de falar sobre isso. Respeito demasiado o clube e os adeptos, que foram fantásticos desde a minha chegada.”

Na Holanda, chegou ao fim o mais longo jejum da história do Feyenoord, que não se sagrava campeão nacional desde 1998-99. O emblema de Roterdão fechou as contas e conquistou o 15.º título da sua história com um triunfo sobre o Heracles por 3-1. Dirk Kuyt foi o herói da partida, com um “hat-trick”. Ali ao lado, na Bélgica, o Anderlecht falhou primeiro assalto ao título: o clube podia fazer a festa se vencesse na visita ao Club Brugge e até esteve em vantagem no marcador, mas cedeu o empate (1-1) e adiou a decisão.

A Liga espanhola continua taco a taco depois de Real Madrid e Barcelona golearem Sevilha e Las Palmas, respectivamente. Os dois rivais seguem a par no topo da classificação, com 87 pontos – embora os “merengues” ainda tenham um jogo em atraso. Cristiano Ronaldo marcou dois golos no triunfo do Real Madrid e Neymar rubricou um “hat-trick” nas Canárias.

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