Quem pestanejasse perdia um golo

Uma noite monumental na Liga dos Campeões produziu 14 golos em dois jogos. Mónaco de Leonardo Jardim deixou fugir duas vezes a vantagem sobre o Manchester City e foi batido por 5-3

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O City celebrou mais vezes Reuters/Lee Smith
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Foi uma daquelas noites em que era perigoso afastar os olhos da televisão por um instante ou sequer pestanejar, porque ao fazê-lo arriscava-se a já só ver os jogadores a celebrar. Dois jogos dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões produziram nada menos do que 14 golos, com o Mónaco a dar espectáculo na visita ao Manchester City mas a ser batido por 5-3, e o Atlético de Madrid a ficar em situação confortável na eliminatória com um triunfo por 2-4 no terreno do Bayer Leverkusen.

Leonardo Jardim, o homem que ano após ano tem tido a tarefa de reinventar o Mónaco, mostrou a sua mais recente obra no maior de todos os palcos. Os monegascos estão nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões pela segunda vez em três temporadas sob o comando do português, cujo trabalho mereceu elogios do adversário, o próprio Pep Guardiola. E ambos protagonizaram um duelo apaixonante, com oito golos e várias reviravoltas no marcador.

O Mónaco começou melhor, com uma pressão intensa que sufocava o Man. City logo no início da construção de jogo. Com elementos muito velozes nas alas, os monegascos deixavam a defesa dos “citizens” sempre em sentinela. Mas, num momento em que se libertou desse garrote, a equipa de Guardiola chegou à vantagem: Sané passou por três adversários, combinou com David Silva e assistiu Sterling que, em posição duvidosa, só teve de encostar.

Os monegascos intensificaram ainda mais a pressão e os resultados não demoraram: após má reposição da bola pelo guarda-redes do Man. City, Bernardo Silva lançou Fabinho na direita e o brasileiro fez o passe para Falcao, que mergulhou para cabecear e fazer o 1-1. Aos 40’ o jovem Mbappé, de apenas 18 anos, mostrou porque tantos o comparam a Thierry Henry. Titular pela primeira vez na Champions, foi mais rápido do que toda a defesa do City e, frente a frente com Caballero, com toda a serenidade do mundo, desferiu um remate imparável. Antes desse golo, o City queixara-se de um penálti por assinalar: Agüero caiu na área e pareceu ser tocado pelo guarda-redes Subasic, mas o árbitro Mateu Lahoz mostrou cartão amarelo ao argentino por simulação.

As estatísticas da UEFA ao intervalo eram esclarecedoras: 2-10 em remates a favor dos visitantes. E o Mónaco teve, logo no início do segundo tempo, uma oportunidade soberana para ampliar a vantagem, só que Falcao viu Caballero travar-lhe um penálti. Os monegascos não tremeram quando Agüero fez o 2-2, num lance em que o guarda-redes Subasic ficou muito mal na fotografia. Falcao demorou três minutos a recolocar a equipa de Jardim em vantagem, redimindo-se do penálti falhado com um golo monumental, a passar por Stones e depois a fazer a bola sobrevoar o guarda-redes.

Só que o Mónaco estava a começar a perder fulgor e o Manchester City não perdoou, com o resultado a passar de 2-3 para 5-3 em 11 minutos. Agüero finalizou de primeira, após canto, para fazer o 3-3. Stones estava no sítio certo para encostar no 4-3. E Sané fechou as contas após passe de Agüero. Um banquete que promete para a segunda mão da eliminatória e deixa o português Leonardo Jardim com uma missão complicada.

O espectáculo de Manchester ofuscou o que se passou em Leverkusen, onde o Atlético de Madrid foi letal no contra-ataque e chegou ao intervalo a vencer por 0-2. Saúl Ñíguez fez o primeiro e Griezmann ampliou a vantagem aos 25’. O Bayer reduziu logo no início da segunda parte, mas Gameiro repôs a diferença aos 59’, na conversão de um penálti.

Os alemães fizeram mais um golo, num lance infeliz da defesa do Atlético de Madrid, com Savic a marcar na própria baliza. Só que, nos derradeiros minutos, Fernando Torres fez o 2-4 e deixou Diego Simeone um pouco mais descansado.

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