Mónaco confirmou apuramento numa noite de regressos

Seis portugueses qualificaram-se para a fase de grupos da Liga dos Campeões. Celtic e Légia de Varsóvia estão de regresso a essa fase da prova.

Seis portugueses garantiram, esta terça-feira, a presença na fase de grupos da Liga dos Campeões, nos quatro jogos da noite do play-off da competição. São eles Bernardo Silva, Ivan Cavaleiro, João Moutinho, Rúben Vinagre e o técnico Leonardo Jardim, todos do Mónaco, e de Vitinha, dos búlgaros do Ludogorets.

No principado, Leonardo Jardim conseguiu o objectivo de voltar a orientar os monegascos na fase de grupos da Champions, depois de o ter feito em 2014-15 e de, na época passada, ter falhado neste mesmo play-off frente ao Valência. O Mónaco já tinha ganho ao Villarreal, em Espanha, por 2-1 e, esta terça-feira, foi só gerir, apesar do técnico português ter apresentado a melhor equipa, com Bernardo Silva a tempo inteiro e João Moutinho a partir dos 68 minutos. O empate servia perfeitamente, mas o Mónaco ainda ganhou o jogo, num penálti convertido por Fabinho aos 90'+1’. Já os espanhóis viram adiado o sonho do regresso à fase de grupos, na qual já não estão desde a época 2008-09.

“Creio que [a passagem] é um feito. Esta equipa honrou o futebol francês. Os jogadores evoluíram em relação à época passada e os reforços deram-nos muita coisa. Quando se tem pela frente um jogo decisivo como este, nunca se está tranquilo, até porque o adversário não tinha outra opção senão ganhar. Nós estivemos concentrados e tratámos de aproveitar as nossas oportunidades”, disse o treinador português, que, em relação aos objectivos para a fase de grupos quer “pensar jogo a jogo” e qualificar-se para os oitavos-de-final, tal como aconteceu há duas temporadas, em que foi primeiro num grupo que também incluía o Benfica, o Leverkusen e o Zenit. “O objectivo é forçosamente os oitavos”, admitiu em conferência de imprensa.

Ao Ludogorets, com o português Vitinha a não ser opção, bastou um empate a dois golos na República Checa frente ao Viktoria Plzen, depois da vitória na Bulgária por 2-0. Os checos estiveram por duas vezes em vantagem, marcando por Duris (7’) e Mateju (64’), mas os búlgaros conseguiram sempre responder, primeiro por Misidjan (17’) e depois por Keseru (90+5’). Mesmo sem este golo na compensação o Ludogorets teria passado.

Depois, foi uma noite de regressos. O Celtic volta à fase de grupos da Liga dos Campeões, depois de aí não ter marcado presença nas duas últimas épocas. Mais tempo teve de esperar o Légia de Varsóvia, que também conseguiu o apuramento, 20 anos depois da última aparição entre a elite da Champions. Os escoceses jogaram em Israel, frente ao Hapoel Beer Sheva, e, com uma vitória por 5-2 na primeira mão, parecia que estava tudo resolvido. Assim não pensaram os israelitas, que marcaram por Ben Sahar, aos 21 minutos, e por Hoban, aos 48’. Foi uma partida incerta até ao fim, já que, com mais um golo, o Hapoel passava. Não aconteceu e o Celtic “safou-se” à tangente. “Foram, provavelmente, os 90 minutos mais longos da minha carreira de treinador. O Hapoel foi espectacular”, considerou o treinador dos “católicos” de Glasgow, Brendan Rodgers.

Já os polacos do Légia jogavam em casa frente ao Dundalk, depois de terem conseguido vencer na República da Irlanda por 2-0. À semelhança do Hapoel, os irlandeses recusaram-se a acreditar que estava tudo resolvido e marcaram por Roberto Benson, aos 19 minutos. Já tendo feito história, tornando-se no primeiro clube irlandês a disputar um play-off da Champions, o Dundalk estava a um golo de forçar o prolongamento, mas o Légia acabou com qualquer esperança, empatando a partida já na compensação (90'+2’), por Kucharczyk.

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