Desta vez, o Mónaco recuperou o fôlego a tempo

Equipa de Leonardo Jardim vence Manchester City por 3-1. Atlético Madrid empata comBayer Leverkusen e também segue em frente.

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Já havia muitas histórias para contar nos oitavos-de-final da edição 2016-17 da Liga dos Campeões. Da incrível qualificação do Barcelona frente ao PSG, ou do notável apuramento do Leicester City perante o Sevilha, dois exemplos, em medidas e circunstâncias diferentes, de que o impossível não existe no futebol. A missão do Mónaco em Monte Carlo até nem parecia das mais inalcançáveis. No final, contas feitas aos dois jogos, Mónaco e Manchester City marcaram o mesmo número de golos (6), mas foi a equipa de Leonardo Jardim, Bernardo Silva e João Moutinho a seguir em frente. Não só porque ganhou por 3-1 o jogo da segunda mão, mas pelo que tinha acontecido há três semanas, em Manchester.

Antes de passarmos à história do que aconteceu no Louis II, é preciso recordar o que aconteceu no Etihad, em que o Mónaco esteve a ganhar por 2-1, Falcao falhou um penálti que seria o 3-1 e o jogo acabou 5-3 para o City. Numa frase, o Mónaco carregou, marcou várias vezes e, depois, perdeu o fôlego e o jogo. Nesta quarta-feira, com o sempre entusiasta e adepto de cachecol Príncipe Alberto a ver, foi quase a mesma coisa. Os monegascos entraram a matar, marcaram, deixaram vários por marcar, sofreram e ficaram à mercê do adversário. Mas, desta vez, a equipa de Leonardo Jardim sobreviveu.

Antes da meia-hora, o Mónaco, que não tinha Falcao (lesionado) já estava na frente da eliminatória. Aos 8’, Mbappé fazia o primeiro, após uma jogada de insistência de Bernardo Silva pelo flanco esquerdo. A defesa do City foi igual a si própria, lenta e sem reacção, e o grito da reviravolta estava dado. O que os monegascos fizeram a seguir por certo envergonhou Pep Guardiola, habituado a comandar equipas que dominam, não que são dominadas, e o segundo golo monegasco era uma questão de tempo. Minuto 28, nova arracada de Mendy, passe atrasado para Fabinho e o brasileiro que já foi do Rio Ave (mas que nunca lá jogou) bateu Caballero pela segunda vez.

O risco para o Mónaco agora era o mesmo da primeira mão. Manter a intensidade e ficar sem pernas para a segunda parte, ou dosear o esforço e manter o City à distância. O intervalo mudou o sentido do jogo. Guardiola ajustou a equipa e os britânicos foram tudo o que não tinham sido antes. Aguero, Silva e Sané começaram a chegar primeiro à bola que os jogadores do Mónaco. O perigo vinha de todo o lado e só não dava golo porque Subasic ia fechando a baliza. Aos 71’, o guarda-redes croata ainda parou um remate de Sterling, mas a bola foi para o sítio onde estava Sané, que só teve de a meter na baliza.

Como as coisas estavam, era o City que passava, mas um golo do Mónaco voltaria a fazer a diferença. Só que os anfitriões já não pareciam ter muito para dar, sem a intensidade da primeira parte, sem rapidez na circulação de bola. Ainda assim, os monegascos, desta vez, não caíram no buraco, tal como acontecera na primeira mão. Aos 77’, livre cobrado por Lemar do lado direito e Bakayoko, de cabeça, fez o 3-1. Um golo do City ainda podia mudar a história, mas esse golo não aconteceu. Leonardo Jardim, ex-treinador do Camacha, do Beira-Mar, do Sp. Braga e do Sporting, segue para os oito melhores da Europa pela segunda vez. Pep Guardiola, ex-treinador do Barcelona e do Bayern Munique, fica, pela primeira vez, fora desse lote.

Também tinha havido um jogo com muitos golos há três semanas no BayArena, mas não tinha sido a equipa da casa a ganhar. Tinha sido o Atlético Madrid a vencer por 4-2 e, na segunda mão, cabia ao Bayer Leverkusen tentar a reviravolta. Mas não houve golos no Vicente Calderón e a equipa de Diego Simeone seguiu em frente para os quartos-de-final. Os germânicos bem tentaram e até tiveram oportunidades, mas na baliza “colchonera” esteve um Oblak intransponível.

A qualificação madrilena faz com que a Espanha seja o país mais representado nos quartos-de-final da Champions. A única baixa foi mesmo o Sevilha, seguindo em frente, para além do Atlético, Barcelona e Real Madrid. A Bundesliga tem dois representantes, Bayern Munique e Borussia Dortmund, a Série A e a Ligue 1 têm lá os seus líderes (Juventus e Mónaco), enquanto a Premier League tem a sua honra nas mãos do actual 15.º classificado, o Leicester.     

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