Mitroglou desencantou três pontos para o Benfica em Braga

Equipa de Rui Vitória superou teste duro, garantindo o regresso à liderança do campeonato, ?com um ponto de vantagem sobre o FC Porto, graças a um lance de inspiração do avançado grego

Fotogaleria
LUSA/HUGO DELGADO
Fotogaleria
LUSA/ESTELA SILVA
Fotogaleria
LUSA/HUGO DELGADO

Foram sensivelmente 48 horas afastado da liderança da I Liga, mas o Benfica recuperou o primeiro lugar da classificação ao passar num duro teste em Braga. Numa partida que colocou os nervos “encarnados” à prova, o golo da vitória surgiu já perto do final, num lance de genialidade de Mitroglou – o grego passou por entre dois adversários e desfez o nulo, recolocando o emblema da Luz no topo da tabela, com um ponto de vantagem sobre o FC Porto. Foi o 11.º golo de Mitroglou no campeonato e o 20.º da temporada.

A equipa de Rui Vitória teve de trabalhar para regressar à liderança, num jogo disputado em ritmo elevado e perante um Sporting de Braga que defendeu de forma intensa e nunca desdenhou uma oportunidade para atacar. Os minhotos dispuseram da mais flagrante situação de perigo no primeiro tempo, quando Battaglia acertou no poste da baliza “encarnada”, mas seriam impotentes para travar a inspiração de Mitroglou.

Júlio César voltou a ser titular no campeonato cinco meses depois – a última vez que tinha jogado de início na I Liga fora precisamente na tal recepção ao Sp. Braga –, ocupando o posto do castigado Ederson. A outra novidade nas opções de Rui Vitória foi a entrada de Zivkovic para o lugar que tinha sido ocupado por Carrillo. Mas, frente a um emblema minhoto que atravessava a pior série da temporada no campeonato (quatro encontros consecutivos sem vencer, com dois empates e duas derrotas), o Benfica sentiu dificuldades na primeira parte.

O principal agitador do Sp. Braga era Pedro Santos, mas a pontaria não esteve do lado do futebolista bracarense: atirou ao lado (11’), por cima (26’) e voltou a errar o alvo (40’), mas também esteve na génese da mais flagrante oportunidade de golo dos primeiros 45 minutos. Num canto no lado direito, o extremo colocou na área onde encontrou Battaglia, cujo cabeceamento acertou em cheio no poste da baliza do Benfica (37’), sem que Júlio César esboçasse qualquer reacção.

Os sinais “encarnados” foram tímidos, com o melhor a surgir por Mitroglou, que atirou por cima, em excelente posição, após bom passe de Rafa (29’). O grego já tivera um golo correctamente anulado por fora de jogo e, aos 18’, poderá ter ficado um penálti por assinalar, num toque de Rosic no pé de Salvio.

Para regressar à liderança o Benfica tinha obrigatoriamente de melhorar na segunda parte. E, paulatinamente, os “encarnados” foram-se tornando mais perigosos. Rafa lançou Nélson Semedo, mas, apesar de alguma atrapalhação na defesa bracarense, o perigo passou graças a um corte de Artur Jorge. Pouco depois foi o outro defesa central, Rosic, a fazer outra intercepção importante, ao evitar que a bola chegasse a Mitroglou. O grego pediu penálti por mão de Battaglia aos 69’, mas o árbitro nada assinalou.

O relógio não parava, o 0-0 resistia e com este resultado o Benfica passava de perseguido a perseguidor. Mas Mitroglou determinou que não seria assim: tudo começou numa recuperação de bola de Pizzi, com Jiménez a lançar o avançado grego que passou entre Pedro Santos e Marcelo Goiano, resistiu à pressão de Assis e inaugurou o marcador. Tal como tinha acontecido contra o Borussia Dortmund, o grego resolveu. E o Benfica continua no topo.

Sugerir correcção
Ler 4 comentários