Tiago Machado sonhou, Meersman ganhou

Português da Katusha andou em fuga durante praticamente toda a etapa e só foi apanhado a 14,5 quilómetros da meta.

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Gianni Meersman voltou a ser protagonista numa etapa JAIME REINA/AFP (arquivo)

A quinta etapa da Vuelta teve um final atribulado em Lugo, com várias quedas e cortes no pelotão. Indiferente, o belga Gianni Meersman (Etixx) aproveitou para bisar, uma vez que já tinha ganho a segunda tirada, em Baiona.

Sem grandes dificuldades, foi uma etapa essencialmente marcada por uma fuga de Tiago Machado. O português deixou o pelotão logo ao quilómetro zero, na companhia do francês Julien Morice (Direct Energie). Com o pelotão pouco interessado, rapidamente o duo ganhou uma vantagem assinalável, que, aos 30 quilómetros, já era de cinco minutos e, com 100 para a meta, era de 6m30s. Perante o crescer da vantagem, a Trek passou a ajudar a BMC do líder Atapuma na frente do pelotão.

O ritmo aumentou e Tiago Machado, sabendo disso, deixou o jovem Morice (a cumprir a primeira grande volta) para trás, seguindo em solitário para os últimos 74 quilómetros. O ciclista da Katusha passou em primeiro no sprint especial da Pontenova e na única contagem de montanha da etapa, de terceira categoria, em Puerto de Marco de Álvare. Machado tinha 5m30s de vantagem e foi preciso uma conjugação de forças entre a Giant, BMC, Trek e Etixx para fazer frente ao português que, a partir daí, foi perdendo tempo.

À entrada para os últimos 20 quilómetros a vantagem já só era de 1m22s e Tiago Machado seria apanhado a 14,5 quilómetros da meta. A partir daí foi a habitual guerra de colocações tendo em vista o sprint final. Mas a chegada a Lugo, num percurso sinuoso, não era fácil. Apesar do ritmo altíssimo, Simon Clarke e Phillippe Gilbert conseguiram saltar do pelotão numa subida já no interior da cidade e só foram apanhados à entrada para o último quilómetro. Entretanto, quedas nas ruas estreitas de Lugo afectaram, principalmente, o líder da Lotto Jumbo Steven Kruijswijk e Robert Kiserlovski, da Tinkoff.

Um pequeno grupo de 13 ciclistas chegou à meta em condições de discutir a etapa. Nele, Meersman foi o mais forte, superando Fabio Felline (Trek) e Kévin Rez (FDJ). O português José Gonçalves (Caja Rural) conseguiu ser 10.º e, apesar dos cortes, Darwin Atapuma manteve a camisola vermelha.  

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