Luís Filipe Pereira ao ataque nas eleições da FPG

Ex-governante apresenta programa “Por um Golfe com Futuro” com críticas à direcção cessante.

Foto
Enric Vives-Rubio

Luís Filipe Pereira [LFP] fez nesta terça-feira, num Auditório do ISCTE, em Lisboa, a apresentação do programa da lista que lidera às eleições da Federação Portuguesa de Golfe (FPG), marcadas para 4 de Novembro, e que tem como título “Por um Golfe com Futuro”.

O antigo ministro da Saúde e presidente do Conselho Económico e Social, de 71 anos, apresenta-se em ruptura com o “reinado” de 16 anos de Manuel Agrellos, que é agora candidato a presidente da Mesa da AG na outra lista, encabeçada por aquele que foi o seu secretário-geral nos últimos seis anos, Miguel Franco de Sousa (“Crescer para Vencer”), de 43 anos.

“Um país que tem as melhores condições da Europa para a prática da modalidade está na cauda do continente em termos de praticantes, com o mesmo número de federados de há oito anos [cerca de 14.000]”, lamenta. “O golfe nacional é um mundo fechado em si mesmo, tão fechado que nos últimos Jogos Olímpicos nem se ouviu falar na comunicação social que havia dois golfistas presentes em competição.”

A estratégia a prosseguir baseia-se “no diálogo, na descentralização e na cooperação com todos os clubes, os membros institucionais e os principais agentes relacionados”, tirando partido do “peso” de LFP no meio empresarial, político e universitário para se alcançarem mais apoios.

O objectivo é duplicar os federados em 10 anos, contra os 50 mil prometidos por Miguel Franco de Sousa no seu projecto de presidência remunerada para 12 anos. “São números completamente irrealistas”, considera LFP a propósito do objectivo do seu rival na corrida.

Numa cerimónia que contou com os discursos do empresário André Jordan, do general Vasco Rocha Vieira (candidato a presidente da AG) e do director-adjunto do Expresso João Vieira Pereira (candidato à direcção), LFP encerrou o discurso falando da situação financeira “inconveniente” da FPG, com destaque para os 24% da estrutura de custos fixos atribuídos apenas à função de presidente (€70 mil) e de secretário-geral (€93 mil por ano) e os 500.000 euros gastos na nova club-house do Centro Nacional de Formação de Golfe do Jamor.”

“São números deturpados, extrapolados e que não correspondem à realidade. Todas as contas foram aprovadas em assembleias-gerais. A FPG responderá na devida altura”, reagiu o (ainda) presidente da FPG, Manuel Agrellos.

Sugerir correcção
Comentar