LPFP nomeia comissão dinamizadora da II Liga

Leixões, Gil Vicente e Varzim acompanharão direcção de Pedro Proença em processos negociais.

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Miguel A. Lopes/LUSA

Os clubes da II Liga vão criar uma comissão para dinamizar o segundo escalão do futebol profissional, desenvolvendo novos planos de compras de produtos e de serviços e regulamentando a participação das equipas B.

Os 14 clubes da II Liga, reunidos esta sexta-feira na sede da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) com o presidente daquele órgão, Pedro Proença, nomearam uma comissão formada por Leixões, Gil Vicente e Varzim para acompanhar a direcção da Liga em futuros processos de negociação.

O presidente da SAD do Leixões, Paulo Lopo, disse que na reunião foram "analisados todos os aspectos fundamentais para a evolução da II Liga" e embora ainda "não estejam definidos os assuntos em concreto" há já questões para avançar.

"A centralização das compras, as transmissões televisivas, a contratação de seguros, a questão das comunicações e a publicidade" serão as primeiras metas que, em colaboração com a direcção da Liga, a comissão pretende "melhorar para que todos ganhem", explicou Paulo Lopo.

Regozijando-se por "hoje em dia a II Liga estar muito mais unida", destacou a "forma global como pensa o campeonato", uma evolução que atribuiu ao "bom trabalho que tem vindo a ser feito" pela direcção.

E com 2017/18 a marcar o final de um ciclo da utilização das equipas B nos campeonatos profissionais, a comissão pretende negociar com as Sociedades Anónimas Desportivas a sua continuação, "mantendo a promoção dos jovens talentos portugueses ou em formação local", refere o comunicado que saiu da reunião.

"É algo que merece a pena ser debatido, desde logo pelos valores envolvidos, que são muito elevados, e estou a lembrar-me de jogadores que recentemente foram vendidos no Sporting, Benfica e FC Porto", salientou o presidente da SAD do Leixões, reclamando para os clubes competidores uma parcela desses ganhos.

Para Paulo Lopo, os clubes da II Liga que competem com equipas B dos principais emblemas nacionais "deveriam, por um mecanismo de solidariedade, ser ajudados por esses clubes pela rentabilidade que tiraram dos futebolistas que venderam com grande lucro".

"Ao mesmo tempo, entendemos que é preciso regulamentar a participação das equipas B na II Liga, uma vez que hoje nada impede que uma equipa inicie a época com jogadores de 18 e 19 anos e depois acabe a utilizar jogadores do plantel principal", alertou.

Segundo aquele responsável, "o regulamento tem de mudar para que haja uma gestão cuidada e não exista uma diferença tão grande entre os dois momentos da época".

"As equipas B não podem ter na sua mão a decisão de as outras equipas ganharem ou perderem, tem de haver igualdade de circunstâncias", asseverou.

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