Jorge Jesus e o clássico: “Tudo o que acontecer para nós é bom”

Treinador do Sporting não está preocupado com o Benfica-FC porto desta sexta-feira e prefere concentrar-se na deslocação dos "leões" à Madeira.

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Jesus: “A pressão dos vencedores existe sempre" AFP

Há um clássico nesta sexta-feira entre Benfica e FC Porto, mas o que vai acontecer na Luz não interessa a Jorge Jesus, mais preocupado com o que o Sporting pode fazer neste sábado na Madeira frente ao Nacional, em jogo a contar para a 22.ª jornada da liga portuguesa.

“O que é mais importante é ganhar na Choupana. O que acontecer, acontece. A nossa responsabilidade é com o Nacional e não nos preocupamos com os nossos rivais desde a primeira jornada. Tudo o que acontecer [no clássico] para nós é bom”, afirmou o treinador do Sporting.

Os “leões” entram nesta jornada empatados na liderança com o Benfica e vão à Madeira sabendo o que aconteceu na Luz. Jesus abraça a pressão de ter de defender um lugar cimeiro e diz que seria um bom sinal se essa pressão se mantivesse até ao fim: “A pressão dos vencedores existe sempre. Estão sempre sob pressão em função dos adversários que tiverem, o Sporting tem de defender a primeira posição e uma pressão boa. Espero que me façam essa pergunta até ao fim, era um bom sinal.”

O empate com o Rio Ave na última jornada, mais o empate com o Tondela, ambos em Alvalade, associado à recuperação do Benfica, não preocupa Jesus sobre o actual momento do Sporting: “Começámos todos com zero pontos e alguém perdeu pontos para nós. Até ao jogo com o Rio Ave, os nosso rivais perderam mais pontos que nós. Tivemos dois jogos em casa que não conseguimos vencer. São situações e momentos de futebol e não qualifico isso como alguma perda de qualidade. Mesmo no último jogo, o Sporting jogou bem.”

Clássico à parte, Jesus espera dificuldades na visita “leonina” à Choupana. “Com o Nacional é sempre um jogo difícil. Existe sempre a responsabilidade de jogar para vencer em todos os jogos. Temos de ser melhores que o adversário e temos sido em quase todos os jogos”, observou o técnico, que deixou elogios à formação madeirense e ao seu treinador Manuel Machado: “É uma boa equipa, bem trabalhada e com um treinador que tem feito um bom trabalho.”

Para a deslocação à Madeira, Jesus não pode contar com os lesionados Jefferson, Bruno Paulista, Tobias Figueiredo, Naldo e Paulo Oliveira. Esta “epidemia” de lesões entre os centrais obriga Jesus a apresentar uma dupla de recurso, sendo que um deles será Sebastian Coates, uma contratação recente que já foi titular no jogo anterior e cujo rendimento surpreendeu o técnico: “O Coates mim surpreendeu-me com a tranquilidade e segurança que deu à equipa.”

Num momento diferente, explicou Jesus, está outro dos reforços de Inverno, o avançado argentino Hernan Barcos: “O Barcos foi a primeira vez que viu o relvado de Alvalade. Ainda não posso exigir muito e tenho de lhe dar algum tempo, mas o valor está lá, confiamos muito nele.”

Uma das notícias da semana no Sporting foi a renovação de contrato com William Carvalho. Jesus reconhece que o médio não tem estado ao seu melhor nível, mas recusa associar essa descida de rendimento com problemas contratuais: “Não tem estado a um nível tão alto, sabemos porquê. Não tem nada a ver com a renovação. Esteve três meses e meio parado e ainda está à procura da melhor condição e das ideias da equipa. É natural que esteja mais atrasado. Acreditamos muito dele.”

Jesus rejeitou ainda qualquer intenção de descartar o italo argentino Ezequiel Schelotto, dado como insatisfeito pela sua escassa utilização: “Não vou alimentar noticias que alguém tem interesse que sejam divulgadas. O Sporting é uma equipa com um grupo muito forte. A mim ele nunca me colocou essa pergunta. Está feliz e está convocado.”

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