Holandesa Schippers bicampeã nos 200 metros

Americana Brittney Reese conquistou quarto título no salto em comprimento.

Fotogaleria
Reuters/PHIL NOBLE
Fotogaleria
Reuters/MATTHEW CHILDS
Fotogaleria
Reuters/JOHN SIBLEY
Fotogaleria
Reuters/JOHN SIBLEY
Fotogaleria
Reuters/LUCY NICHOLSON
Fotogaleria
Reuters/FABRIZIO BENSCH

Já se sabia que a ausência deliberada da jamaicana Elaine Thompson dos 200m femininos nestes Mundiais de atletismo de Londres abria muito a competição e dava a Dafne Schippers a possibilidade de repetir o seu título de há dois anos, sem dúvida a maior proeza da carreira da antiga heptatleta holandesa. Ao contrário da prova homóloga masculina da véspera, desta vez, as perspectivas foram cumpridas e a holandesa venceu, mas não foi fácil. Mais uma vez a costa-marfinense Marie-Josée Ta Lou ia surpreendendo, partindo magnificamente por detrás de Schippers e fazendo frente à holandesa na recta final. Nesta parte da corrida, a mais forte da holandesa, a africana não fraquejou mas Schippers acabou por ter alguma preciosa vantagem (22,05s a 22,08s, recorde nacional ), enquanto Shaunae Miller, das Baamas, tinha uma recuperação fantástica para acabar com a medalha de bronze, com 22,15s.

A final dos 3000m obstáculos feminina proporcionou uma grande surpresa. O Quénia tinha quatro atletas além de Ruth Jebet, recordista mundial da distância, queniana de nascimento que corre pelo Barhein. Um engano de Beatrice Chepkoech na vala de água baralhou logo de início a corrida e ao mesmo tempo uma queda atrasava a melhor esperança europeia, a alemã Gesa-Felicitas Krause. Mais para diante ficaram Jebet, três quenianas e as duas americanas na frente, Emma Coburn, medalhada de bronze olímpica o ano passado, e Courtney Frerichs. Esta operava a um nível infinitamente superior ao do seu máximo pessoal (9m19,09s), mas foi ela quem atacou a 300m do fim, fazendo atrasar Ruth Jebet e as outras quenianas, excepto a campeã de há dois anos, Hyvin Jepkemoi.

A última vala de água foi decisiva, as americanas saíram daí melhor e Emma Coburn viria a impor-se com o fabuloso recorde nacional de 9m02,58s (sexta mundial de sempre), enquanto Frerichs completava a dobradinha mais inesperada da história recente do atletismo com 9m03,77s, adiante de Jepkemoi (9m04,03s). Ruth Jebet, por seu lado, era uma descoroçoada quinta (9m13,96s).

No salto em comprimento feminino, a sérvia Ivana Spanovic, depois de um nulo inicial, aterrou a 6,96m no segundo salto, respondendo à abertura da russa Darya Klishina, que, por sua vez, alcançou 6,88m logo de seguida. A americana Brittney Reese abriu com 6,75m, ao terceiro ensaio atingiu 7,02m, e essa marca resistiria na frente até final dando-lhe o quarto título mundial. Klishina também chegou aos 7 metros exactos, no quinto salto, passando a segunda, enquanto a campeã de há dois, a também americana Tianna Bartoletta, assustava as da frente com 6,97m no último salto, arredando Spanovic do pódio.

O martelo masculino teve grande equilíbrio, excepto quanto ao favorito polaco Pawel Fajdek, que após um início pobre — andou em sétimo — resolveu tudo no terceiro e quarto ensaios, com 79,73m e 79,81s.

Sugerir correcção
Comentar