Golo de Hassan insuficiente para as aspirações do Sp. Braga

Minhotos empataram na Turquia (1-1) e somam apenas dois pontos no Grupo H da Liga Europa.

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Murad Sezer/Reuters

O Sp. Braga não foi além de uma igualdade (1-1) no embate desta quinta-feira, frente ao estreante Konyaspor, em jogo da terceira jornada do Grupo H da Liga Europa.

Os turcos entraram a pressionar e marcaram (9’) por Milosevic o seu primeiro golo em provas europeias, com Hassan (55’) a evitar a derrota num desafio insuficiente para alimentar as aspirações minhotas.

De azul escuro, o Sp. Braga entrou triste, constrangido, um pouco a imagem deixada por José Peseiro, na véspera, numa conferência tensa, nervosa, cerrada a revelar um estado de espírito que o Konyaspor farejou a léguas, atacando decidido, lançando a confusão para espalhar o pânico.

O Sp. Braga precisava da vitória, precisava de golos mas posicionava-se de uma forma estranha, distante da baliza turca, com o recordista em veterania Alan como escudeiro de Hassan. A Pedro Santos – a unidade mais influente dos “arsenalistas” - era confiada a ingrata missão de servir o “faraó” com cruzamentos teleguiados a uma distância pouco recomendável e bastante previsível.

Por essa altura já o Konyaspor infundia um respeito que se impregnava e transformava em receio. Goiano sacudia a primeira investida, mas um golo antes de o cronómetro marcar dez minutos condenaria o Sp. Braga a uma estratégia errante até ao intervalo, com mais um ou outro calafrio pelo meio.

O árbitro sancionava o golo de Milosevic, mas podia tê-lo anulado por fora-de-jogo. Um erro antecedido de dois gestos técnico-tácticos altamente comprometedores dos “guerreiros”, na tentativa de jogar directo e rápido, despejando bolas para o avançado, um solitário Hassan (sem apoios por perto) a segurar por um segundo para logo se precipitar e entregar a bola que sairia disparada, ferindo de morte os minhotos.

O Konyaspor identificava claramente o perigo e submetia Pedro Santos a um jogo subterrâneo, com cotoveladas e joelhadas cirúrgicas, moendo, castigando, beneficiando de uma arbitragem permissiva. Peseiro optava por uma postura de expectativa, confiava nos avançados e nos médios. Não alterava uma vírgula. A cortina subia para o segundo acto com o Sp. Braga fiel às suas convicções, aproveitando de alguma forma a inexperiência do adversário, que calculou mal a o timing de jogar com o tempo, de esperar pelo adversário e por uma oportunidade que transformasse a vantagem em algo definitivo.

O Sp. Braga acercava-se em busca de um movimento de rotura, como o que surgiu numa triangulação perfeita na direita, com Baiano a soltar e Pedro Santos a rasgar o bloqueio e a combinar com Alan, que iria transformar toda a experiência acumulada num momento mágico, antecipando a subida fulminante de Goiano na asa esquerda, apanhando Skubic completamente desprevenido. Um erro clamoroso do defesa direito que Hassan transformou no momento mais ansiado, acabando por agora com o filme do divórcio dos avançados com as balizas.

José Peseiro agradecia e assumia uma postura mais agressiva, trocando Hassan e Alan por Rui Fonte e Stojiljkovic, dizendo alto e bom som que era a vitória que o movia. O último quarto-de-hora prometia, mas o árbitro perdoava a expulsão a Meha, que em cima do minuto 90 obrigou Matheus a voar para uma defesa que segurou o ponto.

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