Golo 500 de Messi relança corrida ao título em Espanha

Barcelona vence o Real em Madrid e iguala os "merengues" na liderança da liga espanhola, mas com um jogo a mais que os rivais.

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Reuters/Stringer

Cristiano Ronaldo brilhou na Liga dos Campeões, apontando cinco golos ao Bayern Munique, que valeram a passagem do Real Madrid às meias-finais da prova. Lionel Messi não esteve ao mesmo nível com a Juventus, e o Barcelona acabou eliminado da competição milionária. Neste domingo, as posições inverteram-se. O astro argentino foi a figura do El Clássico, em Madrid, apontou dois golos — chegando aos 500 ao serviço do clube —, e o segundo, já em período de descontos, garantiu o triunfo dos catalães (2-3), que reentraram com classe na discussão do título.

Já se sabe que Messi é talhado para o grande clássico espanhol. É o recordista de golos nestes emocionantes duelos, levando agora 23. Ronaldo segue em terceiro, com 16, tendo ainda à sua frente o mítico Di Stéfano, com 18. Numa noite inspirada, o avançado do Barcelona conseguiu inverter a sorte da sua equipa no campeonato, num encontro fundamental, no qual, em caso de derrota, o conjunto de Luis Enrique ficaria praticamente arredado das contas do primeiro lugar.

Depois de empatar a partida, ainda no primeiro tempo, Messi acabou por provocar a expulsão de Sergio Ramos e, numa altura em que o Barcelona parecia já resignado a um empate, surgiu, nos descontos, para resgatar o triunfo e gelar as bancadas de Santiago Bernabéu.

O Real Madrid até entrou bem na partida, com várias aproximações à baliza adversária durante os instantes iniciais e com Cristiano Ronaldo a testar Ter Stegen em várias ocasiões, com vantagem para o guarda-redes alemão do Barcelona. Mais serena, face à classificação, a equipa da casa acabou mesmo por adiantar-se no marcador, aos 28’, na sequência de um pontapé de canto, com Sergio Ramos a atirar ao poste e o ex-portista Casemiro a fazer a recarga para as redes do Barcelona.

Uma vantagem que se justificava, mas que teve o condão de acordar o talento de Lionel Messi. A estrela argentina empurrou a sua equipa para a frente e, num lance de talento, à sua imagem, encarregou-se de restabelecer a igualdade, aos 33’. Recebeu a bola no meio-campo ofensivo, entrou na área madridista, deambulou entre dois adversários e rematou rasteiro, batendo um desprevenido Navas. Messi encerrou assim um jejum de golos no clássico dos clássicos espanhóis, que já durava há seis partidas.

O empate ao intervalo pareceu não agradar a nenhuma das equipas, apesar de ser mais benéfico para o Real. Mas a rivalidade entre as duas equipas não permitiu grandes calculismos e o segundo tempo acabou por ter grande espectacularidade, com muitas oportunidades em ambas as balizas e com os respectivos guarda-redes a brilharem.

Já com o português André Gomes em campo (lançado aos 70’, para o lugar de Paco Alcácer), a sorte do encontro começou a cair para o lado catalão, quando um grande remate, de pé esquerdo, de Rakitic não deu hipóteses de defesa a Keylor Navas, que ainda se esticou como pôde para alcançar a bola.

E pouco tempo depois tudo se tornou ainda pior para o Real, após uma entrada violenta de Sergio Ramos sobre Messi levar à expulsão do defesa central da equipa da capital.

Apesar destes dois golpes, os madridistas voltaram a discutir o resultado e colocar a defesa do Barcelona em sentido. Aos 81’, Zidane tirou da cartola James Rodríguez (rendeu Kovacic) e, cinco minutos depois, o colombiano correspondeu com o golo que voltou a empatar o clássico.

Tudo parecia correr bem ao Real, mas voltou a surgir no relvado o furacão Messi. No último lance da partida, que também passou por André Gomes, o argentino recebeu e rematou para o fundo das redes, de pé esquerdo. Ninguém queria acreditar nas bancadas, mas o triunfo caiu mesmo para o Barcelona, que igualou na classificação o grande rival, que tem, no entanto, um jogo em atraso, no terreno do Celta de Vigo.     

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