Gavazzi venceu em Fafe e Mestre manteve amarela da Volta

Tirada, marcada pela passagem no troço do rali de Portugal Fafe-Lameirinha, foi discutida ao sprint, com o português José Gonçalves a ser segundo classificado.

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A Volta a Portugal vai continuar com um português com a camisola amarela JEFF PACHOUD/AFP

Depois de Castelo Branco e Lisboa, em 2011, o italiano Francesco Gavazzi (Androni) voltou a vencer uma etapa na Volta a Portugal, desta feita em Fafe, 160 quilómetros depois da saída de Viana do Castelo. Daniel Mestre (Efapel) manteve a camisola amarela graças a ter bonificado três segundos na meta volante de Barroselas, logo no início da tirada. Se não fosse isso, o corredor português tinha perdido a liderança para José Gonçalves (Caja Rural), que bonificou seis segundos com um segundo lugar em Fafe.

A etapa começou com várias tentativas falhadas de fuga, o que permitiu que, ao quilómetro 10, Mestre e Gustavo Veloso (W52-FC Porto) fossem em busca das bonificações em Barroselas. Dois quilómetros depois atacaram o espanhol Jon Insausti (Euskadi) e o francês Yannis Yssaad (Armée de Terre), juntando-se-lhes o norte-americano Gavon Mannion (Drapac) pouco depois. Enquanto o trio ganhava 40 segundos para o pelotão, saíam deste mais sete ciclistas, entre os quais os portugueses César Fonte (Boavista), Luís Afonso (LA-Antarte) e Rui Rodrigues (Louletano). Com 33 quilómetros percorridos passou a existir um grupo único da frente, com 10 corredores, protagonistas da fuga do dia, que teve uma vantagem máxima de 3m25s.

A tirada tinha como primeira contagem de montanha do dia a subida ao Alto de Covide (terceira categoria). Os fugitivos mantiveram-se juntos e o colombiano Ivan Bothia (Boyaca) passou em primeiro lugar. Pouco depois, na subida seguinte (Caniçada, de segunda categoria), o grupo de 10 passou a sete e César Fonte passou em primeiro. Atrás, no pelotão, uma situação caricata: a Efapel imprimiu um ritmo tão forte que todos os seus corredores entraram “em fuga”. Mais tarde o director-desportivo Américo Silva explicou que tinha mandado os seus ciclistas acelerarem porque tinha indicações que o grupo da frente já tinha uma vantagem de quatro minutos, o que não correspondia à verdade.

Depois, uma novidade na Volta a Portugal, com os ciclistas a passarem no troço do Rali de Portugal Fafe-Lameirinha. Aí estava instalada uma contagem de montanha de segunda categoria, no exacto sítio onde os automóveis dão o salto que tornou o troço famoso. Mas antes haviam dois quilómetros em terra batida para percorrer e foi aí que a fuga foi anulada, com César Fonte a ser o último resistente da perseguição feroz do W52-FC Porto.

Findo o troço de terra batida, no qual muita gente perdeu o contacto, foi uma descida rápida até Fafe, com várias equipas a passarem pela frente do pelotão, como a Efapel, a LA-Antarte e a Androni, que teve no quarto classificado da Volta a Itália de 2008, Franco Pellizotti, um trabalhador.

Em Fafe, José Gonçalves “saiu disparado” a 500 metros da meta, mesmo à entrada do empedrado final. Foi seguido por Vicente de Mateos (Louletano), mas ambos foram surpreendidos pela melhor ponta final de Gavazzi. Gonçalves foi segundo e Mateos terceiro, com o espanhol a queixar-se de ter sido impedido de passar pelo português. Um protesto com o qual os comissários não concordaram.

Este sábado, corre-se a terceira etapa, que liga Montalegre a Macedo de Cavaleiros, numa distância de 158,9 quilómetros, com duas contagens de montanha de segunda categoria e três metas volantes pelo meio.

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