Em 2012-13, em Stamford Bridge, Wolfsburgo e Lyon discutiram o título europeu feminino de clubes e as alemãs saíram por cima (1-0). Nesta quinta-feira, em Reggio Emilia, Itália, as duas equipas voltaram a medir forças na final da Liga dos Campeões mas o desfecho foi outro. Desta vez, foram as francesas a celebrar aquele que é o terceiro título europeu do seu currículo.

Desde muito cedo que o Lyon decidiu tomar as rédeas do jogo, controlando quase em absoluto a posse de bola na primeira parte frente a um adversário expectante, com os sectores muito juntos e à espreita de uma possibilidade de sair em contragolpe. A organização das francesas, porém, foi frustrando essa expectativa e a irreverência de Pauline Bremer ajudou a deixar as germânicas ainda mais desanimadas.

Aos 12', a lateral direita galgou terreno pelo seu corredor, ganhou a linha de fundo em esforço e conseguiu um cruzamento atrasado. Na pequena área, oportuna como sempre, estava a norueguesa Ada Hegerberg para empurrar para a baliza e assinar o seu 13.º golo no torneio.

Mesmo em desvantagem, o Wolfsburgo não mudou de estratégia e terminou a primeira parte com um remate apenas (sem perigo). No segundo tempo, teria de fazer mais para evitar o rumo dos acontecimentos. E foi isso que aconteceu.

A reentrada em campo voltou a não ser especialmente incisiva, mas na última meia-hora assistiu-se a um pressing alemão que acabaria por dar frutos aos 88', quando uma boa combinação no corredor central atraiu a lateral direita do Lyon para zonas interiores. Liberta de marcação, Wullaert cruzou para o coração da área e Alexandra Popp, de cabeça, igualou, contando com uma saída mal calculada da guarda-redes Sarah Bouhaddi. 

A decisão resvalava para o prolongamento, que registou uma nova ocasião de ouro para o Wolfsburgo dar a volta ao texto, com Popp desta vez a falhar a emenda ao segundo poste. Do lado contrário, foi a sueca Lotta Schelin a ficar perto do golo, mas falhou a emenda na pequena área na sequência de um pontapé de canto. E tudo foi adiado para as grandes penalidades.

Da marca dos 11 metros, as alemãs começaram melhor, com três golos seguidos (Popp, Kerschowski, Peter) e com o falhanço de Hegerberg logo na primeira tentativa do Lyon. Mas o rumo inverteu-se logo depois: Schelin, Renard e Bathy marcaram para as francesas, Fischer e Bussaglia falharam de forma consecutiva para as germânicas. Kumagai pegou na bola para o pontapé decisivo e confirmou o terceiro título europeu do Lyon, que em 2010 tinha perdido a final frente a um rival da Alemanha (Turbine Potsdam) nas grandes penalidades.