Final de primeira na “segunda divisão” europeia

Manchester United empatou com o Celta a um golo; Ajax defendeu, em Lyon, os 4-1 da primeira mão, de nada valendo o triunfo por 3-1 dos franceses.

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Fellaini foi o autor do golo do Manchester United LUSA/NIGEL RODDIS

Dois históricos do futebol mundial têm lugar marcado para disputar uma final inédita nas competições europeias. Manchester United e Ajax, que somam entre si sete Ligas dos Campeões, num total de 17 troféus conquistados na UEFA, nunca se tinham encontrado num jogo decisivo, como este, que irá disputar-se em Estocolmo, na Suécia, no próximo dia 24. Uma partida de gigantes na Liga Europa, uma espécie de "segunda divisão" do futebol continental. Pelo caminho, nas meias-finais, ficaram, esta quinta-feira, como era previsível, o Celta e o Lyon.

Não prometia particularmente grandes emoções esta última paragem antes da estação final. Mas não foi bem assim. Com uma vantagem de um golo, trazida de Vigo, em Espanha, o United de José Mourinho aplicou-se para não ser surpreendido, em casa, na sua demanda por garantir, através de um título da UEFA, um lugar na fase de grupos da Liga dos Campeões na próxima temporada. Uma via aparentemente menos complicada do que está a ser alcançar a zona “europeia” do campeonato inglês, como o treinador português terá admitido, no último fim-de-semana, ao poupar parte da equipa habitualmente titular, na derrota no terreno do Arsenal (2-0).

O Celta até se esforçou para dar luta, mas um golo do belga Fellaini, a corresponder a um grande cruzamento do jovem Rashford, deixou quase tudo encaminhado para a equipa da casa. A vantagem de dois golos ao intervalo, mantinha tranquilas as bancadas de Old Trafford.

Mais agitada estava a ser a partida de Lyon. Ainda que os 4-1 impostos pelo Ajax, em Amesterdão, no encontro da primeira mão, tenham deixado os franceses dependentes de um autêntico milagre. E mais ainda depois do dinamarquês Dolberg abrir o marcador, aos 27’, para os visitantes. Mas o Lyon não atirou a toalha ao chão e, nos últimos instantes da primeira metade deu a volta ao marcador, com Alexandre Lacazette a bisar, tendo apontado o primeiro na cobrança de uma grande penalidade.

As esperanças do Lyon renasceram das cinzas e mais ainda quando a equipa da casa ampliou a vantagem para 3-1 (golo de Ghezzal), com dez minutos para jogar. Nas bancadas, o público eufórico pedia o golo que levasse a eliminatória para prolongamento. E esteve mesmo muito perto de tornar o sonho realidade nos últimos instantes do encontro, quando o Ajax acusou alguma da inexperiência de muitos dos seus jovens jogadores.

Em Manchester, o Celta também chegou a assustar José Mourinho, quando empatou o jogo, aos 86’ (golo de Roncaglia), ficando a outro de passar a eliminatória. Mas, tal como em Lyon, não passou de uma ameaça.

Na final de Estocolmo, o Ajax surge como a equipa com mais palmarés internacional. Com quatro Ligas dos Campeões no currículo (1970-71; 1971-72, 1972-73 e 1994-95), uma Taça UEFA/Liga Europa (1991-92), uma Taça das Taças (1986-87), três supertaças europeias (1972, 1973 e 1995) e ainda duas Taças Intercontinentais (1972 e 1995), o histórico holandês não disputa uma final há 21 anos, quando perdeu a edição de 1995-96 da Liga dos Campeões, nos penáltis, para a Juventus.

Já o United, acumulou um pecúlio menor, com três Taças/Ligas dos Campeões (1967-68, 1998-99 e 2007-08), uma Taça das Taças (1990-91), uma Supertaça europeia (1991), uma Taça Intercontinental (1999) e um Mundial de Clubes (2008).

Nas duas únicas ocasiões em que os dois emblemas se defrontaram, ambas em fases madrugadoras da Taça UEFA/Liga Europa, a equipa de Manchester levou sempre a melhor. A primeira, na ronda inaugural da prova na época de 1976-77 e a segunda nos 16 avos-de-final, em 2011-12.

O sofrimento de Mourinho até à sua quarta final europeia

 

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