Filipe Lima: má sorte ter de jogar última volta

Reedita em Itália mau dia final da semana anterior no Open de Portugal

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Filipe Lima, uma grande prova em Itália manchada por um 76 a fechar / © FILIPE GUERRA

Pela segunda semana seguida, Filipe Lima colocou-se no top-5 de um torneio do European Tour no início da última volta, mas acabou o torneio fora dos 20 primeiros. De qualquer modo, continua a subir todas as semanas na Corrida para o Dubai e hoje melhorou 24 posições para o 200.º posto do ranking da primeira divisão europeia.

A 1.ª edição do Rocco Forte Open deverá ter tido o mesmo sabor agridoce para Filipe Lima do 55.º Open de Portugal@Morgado Golf Resort da semana passada.

Tal como em Portimão, também hoje (Domingo) o nº2 português começou bem, com birdies nos buracos 1 e 2. Nessa altura estava no 3º lugar, ele que tinha terminado os primeiros 18 buracos em 7.º, os primeiros 36 em 6.º e os primeiros 54 em 5.º.

Mas no final da prova siciliana de 1 milhão de euros em prémios monetários, tinha tombado para o grupo dos 31º classificados, com 280 pancadas, 4 abaixo do Par, após voltas de 64, 67, 73 e 76.

As 5 acima do Par de hoje, no campo do Verdura Golf Club, ficaram sobretudo a dever-se a 1 triplo-bogey no buraco 4, onde tinha feito birdie nos dois dias anteriores, com destaque para o birdie de ontem alcançado com 1 chip-in!

Foi a partir daí que o atleta olímpico descarrilou, perdendo mais pancadas nos buracos 5, 6, 10 e 11. Tentou reerguer-se com birdies no 12 e 13, mas voltou a sofrer bogeys no 15 e 16. Uma volta, realmente, muito parecida com a última de há uma semana no Morgado Golf Course.

Sente-se, sem dúvida, que Filipe Lima poderia ter entrado facilmente no top-150 da Corrida para o Dubai se tivesse conseguido um top-5 num destes dois torneios, ele que não alcança um top-5 no European Tour desde o Madeira Islands Open BPI de 2011.

Mas, por outro lado, percebe-se que o português residente em França tem andado a bater à porta e não anda longe de um grande resultado.

Em Itália passou o seu segundo cut seguido no European Tour, algo que não conseguia desde 2014, e com os 7.785 euros que embolsou hoje, a juntar aos 5.425 da semana passada no Algarve, começa a recuperar os gastos efetuados sem retorno no início desta época, depois de cuts falhados na Índia, Marrocos e China.

O nº1 português, Ricardo Melo Gouveia, optou por não jogar no Rocco Forte Open e não foi demasiado penalizado por isso, caindo na Corrida para o Dubai de 95º para 99º.

Na semana que amanhã começa, o português residente em Inglaterra irá jogar o conceituado BMW PGA Championship, nos arredores de Londres, onde poderá fazer uma grande prova.

Voltando ao torneio siciliano, foi conquistado pelo espanhol Álvaro Quirós, que viu desvanecer-se hoje a vantagem de 5 pancadas de que dispunha e só conseguiu triunfar no segundo buraco de play-off frente ao sul-africano Zander Lombard.

Quirós alinhou voltas de 63, 64, 70 e 73, para um agregado de 270 (-14), enquanto Lombard agregou cartões de 62, 68, 72 e 68.

O espanhol de 34 anos, campeão do Portugal Masters em 2008, conquistou o seu 7.º título no European Tour, mas apenas o seu primeiro após um jejum de seis anos.

Quirós, muito popular em Portugal por ter vivido quatro anos em Vilamoura – agora reside no Dubai –, regressa assim ao European Tour e deixa de ser um rival para Ricardo Santos no Challenge Tour.

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