Benfica monitorizou SMS de Fernando Gomes? FPF diz que entregou "sempre" suspeitas a autoridades

Fonte da Federação Portuguesa de Futebol confirma que o presidente tem "pulso firme" sobre possíveis irregularidades, mas abstém-se de tratar os assuntos em "praça pública".

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No coração da polémica está a partilha de mensagens entre a Liga Portuguesa de Futebol Profissional e a BTV LM MIGUEL MANSO

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, encaminhou “sempre” as suspeitas de irregularidades ou de crimes para as instâncias competentes, disse esta sexta-feira à agência Lusa fonte oficial do organismo, recusando publicitar estas acções.

Questionada pela agência acerca das denúncias do FC Porto sobre a alegada influência do Benfica na arbitragem, fonte oficial da FPF assegurou que o líder federativo tem “pulso firme”, mas não trata os assuntos na “praça pública”. “Desde o primeiro dia do seu mandato na FPF, Fernando Gomes tem feito um trabalho silencioso, mas eficaz, para defender a verdade desportiva. Sempre que tem conhecimento de qualquer informação ou facto que possa indiciar irregularidades ou práticas criminais, o presidente da FPF encaminhou esses dados para as entidades policiais, de investigação ou para os órgãos de justiça desportiva", explicou.

“Este combate, que tem sido feito de forma discreta, mas com pulso firme, não é feito na praça pública, mas nas instâncias adequadas, com competência para apurar a verdade dos factos", disse a fonte federativa, acrescentando que "Fernando Gomes contratou o sistema de prevenção e monitorização que permite detectar os jogos viciados em função das apostas desportivas”.

Esta reacção surge depois de o director de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, ter revelado a alegada partilha de mensagens de telemóvel do actual presidente da FPF, na altura em que presidiu à Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), entre o director de conteúdos da BTV, Pedro Guerra, e o ex-presidente da Assembleia-Geral da LPFP Carlos Deus Pereira.

Em comunicado enviado à Lusa, Carlos Deus Pereira lamentou o recurso a “criativos e maliciosos”, demarcando-se do “teor de pretensas comunicações”, acrescentando que voltará a pronunciar-se “nos locais próprios e quando entender oportuno”.

Antes, o responsável dos dragões já tinha revelado mensagens de correio electrónico de responsáveis do Benfica, casos de Paulo Gonçalves e Luís Filipe Vieira, sobre árbitros e delegados da LPFP e também com o ex-presidente da LPFP Mário Figueiredo, invariavelmente acusando os encarnados de influência sobre os árbitros.

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