Fernando Gomes quer ver Portugal a vencer uma competição internacional

Apresentado programa de candidatura à presidência da Federação Portuguesa de Futebol.

Foto
Ganhar uma competição internacional está nos planos de Fernando Gomes Hugo Correia/Reuters

Na corrida a um segundo mandato na presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, sem rival nas eleições que vão decorrer a 4 de Junho, aposta em “quatro pilares essenciais” para o funcionamento do organismo, tendo apresentado uma lista de 110 compromissos para cumprir nos próximos quatro anos. Transparência e credibilidade, crescimento e competitividade, conhecimento e formação, e internacionalização e liderança – é a estas quatro áreas que o recandidato a presidente da FPF promete dar particular atenção.

Numa sessão que teve lugar na sede do Comité Olímpico de Portugal, Fernando Gomes apresentou uma série de medidas que visam reforçar a transparência do funcionamento da FPF. O dirigente pretende rever o modelo de governação do organismo federativo, aumentar a representação dos sócios na direcção da FPF, criar um Conselho de Supervisão, formado por personalidades independentes do futebol e publicar todas as deliberações da direcção da FPF e a sua fundamentação.

O reforço da transparência passará também pela publicação de todos os acórdãos dos órgãos disciplinares da FPF. “Reduzir significativamente todos os prazos e diligências processuais; publicitar anualmente todas as transacções de jogadores em que intervierem intermediários, incluindo os montantes envolvidos; publicar os relatórios dos árbitros das competições profissionais e não profissionais após cada jornada; e rever o modelo de observação e classificação dos árbitros”, enumerou Fernando Gomes, são outras medidas que constam do programa de candidatura.

O presidente da FPF revelou ainda que na Supertaça de 2016, e a partir dos quartos-de-final da Taça de Portugal da próxima época, será feita a implementação experimental do vídeo árbitro. Fernando Gomes estabeleceu ainda como meta atingir os 200 mil praticantes federados de futebol e futsal (mais 20% do número actual) e duplicar o número de atletas femininas federadas em futebol e futsal, chegando às 15 mil.

“Vencer pelo menos uma competição internacional nos próximos quatro anos; aumentar em mais de 20% a exposição mediática das competições nacionais de clubes; e manter a selecção nacional A no 'top-10' do mundo” são objectivos de Fernando Gomes para o mandato que decorrerá entre 2016 e 2020.

“Portugal não pode ser terreno fácil para aqueles que buscam rendimento ilícito com o desporto que promovemos”, sublinhou ainda o dirigente, referindo-se ao “flagelo da viciação de resultados”. “A lei 50/2007, que rege a corrupção na actividade desportiva, tem limites penais ridículos”, frisou Fernando Gomes, lamentando que o diploma penalize “de forma mais violenta o atleta, tantas vezes o elo mais fraco da teia criminosa” e defendendo a revisão imediata da lei, “passando a ser equivalente a qualquer outro acto de corrupção, aquele que acontecer no fenómeno desportivo”.

Concluída a Cidade do Futebol, Fernando Gomes pretende dotar a estrutura de um pavilhão para as selecções de futsal e campos para as selecções de futebol de praia. “Não deixará a FPF de estar atenta a possibilidades de organização de competições internacionais em Portugal, desde que se enquadrem na filosofia de desenvolvimento estabelecida pela FPF e conscientes, sempre, da realidade social e económica do nosso país”, garantiu ainda o presidente do organismo federativo.

Sugerir correcção
Comentar