Fejsa regressou ao “onze” e o Benfica voltou a vencer

Com uma boa exibição, os “encarnados” derrotaram o Paços de Ferreira, com golos de Cervi e Jonas, e recuperaram dois pontos ao Sporting

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LUSA/JOSE SENA GOULAO

Não há coincidências e os números não enganam: ausente em mais de 60% dos jogos que o Benfica de Rui Vitória não venceu, Ljubomir Fejsa regressou ontem ao “onze” e os “encarnados” voltaram a ganhar. Com uma exibição autoritária e convincente, as “águias” dominaram por completo o Paços de Ferreira e asseguraram o regresso aos triunfos com golos de Cervi (20’) e Jonas (61’). Com a vitória, por 2-0, o Benfica continua a cinco pontos do líder FC Porto, mas na jornada anterior ao “clássico” entre “leões” e “dragões”, reduziu em dois pontos a distância para o agora vice-líder Sporting.

Com um pouco apresentável registo de apenas um triunfo nos últimos cinco jogos, o Benfica entrou em campo pressionado pela vitória do FC Porto na véspera, mas moralizado pelo empate do Sporting poucos minutos antes. Para colocar um ponto final no ciclo negativo e tentar encurtar a desvantagem para um dos rivais na luta pelo título, Rui Vitória socorreu-se dos pesos pesados. Depois de avisar na antevisão da partida que escolheria o “onze” em “prol do Benfica” sem olhar para a “cor da pele” ou “para o cabelo”, o treinador benfiquista entregou a baliza a Júlio César e colocou Fejsa nas costas de Pizzi. Apesar de não contar com Salvio e Jardel — Rúben Dias voltou a ser titular e o defesa brasileiro nem no banco esteve —, Vitória tinha de novo o remédio para grande parte dos seus problemas: com Fejsa no lugar de Filipe Augusto, o Benfica ganha outra dimensão e o Paços de Ferreira, que não pode contar com uma das suas principais armas (Pedrinho) praticamente não incomodou Júlio César.

Consciente que o relógio jogava a seu favor, Vasco Seabra tentou reforçar o seu meio-campo, mas o Benfica entrou a todo o gás: aos 5’, Mário Felgueiras ganhou o primeiro duelo com Jonas; aos 9’ e 17’, Grimaldo e Jonas acertaram no mesmo poste.

A supremacia benfiquista era inequívoca e traduziu-se no resultado. Aos 20’, Zivkovic, para não variar, desequilibrou a defesa pacense e serviu Cervi que com categoria colocou a bola no ângulo da baliza de Felgueiras.

O golo não trouxe qualquer mudança ao filme do jogo e pouco depois um cruzamento

remate de Seferovic acertou na barra. A diferença de valores entre as duas equipas estava bem reflectida nos números ao intervalo: 71% de posse de bola do Benfica; 12 remates das “águias” contra apenas um dos “castores”.

O início da segunda parte parecia trazer novidades — Rui Correia rematou de cabeça com perigo aos 47’ —, mas ao contrário do que tinha acontecido nas últimas três partidas, o Benfica não se desmoronou após chegar à vantagem. Com Fejsa a segurar o meio campo, os benfiquistas continuaram a criar perigo e aos 55’ Felgueiras com o pé impediu que Jonas marcasse. O guarda-redes pacense ia resistindo, mas o “10” do Benfica acabou mesmo por chegar ao oitavo golo no campeonato: após um canto de Pizzi, a bola chegou aos pés de Jonas que, quase em cima da linha de golo, fez o segundo e tranquilizou de vez o Estádio da Luz.

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