FC Porto voltou a mandar e a errar mas acabou por dar a volta ao Vitesse

Portistas reagiram bem à derrota sofrida frente ao PSV e superaram a equipa da casa com dois golos de Corona e André Silva.

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Corona marcou um dos golos portistas Miguel Vidal/Reuters

O FC Porto venceu (1-2) este sábado os holandeses do Vitesse, em Arnhem, no segundo jogo da Fox Sports Cup, somando os primeiros cinco pontos na prova (três pela vitória e um por cada golo). Jesus Corona (78’) e André Silva (84’ g.p.) foram os autores dos golos portistas, que deram a volta a um jogo em que voltaram a dominar e a cometer erros de palmatória.

O FC Porto, mesmo não repetindo um único titular do último "onze", entrou a mandar no jogo e a criar situações que lhe poderiam ter garantido uma primeira parte sem sobressaltos. Brahimi, Hernâni, Chidozie, Varela, e Rúben Neves colocaram o Vitesse em sentido, desperdiçando um punhado de oportunidades que teriam lançado o “dragão” na rota do sucesso.

Mas tal como sucedera frente ao PSV Eindhoven, bastou um erro para que o castelo de cartas se desmoronasse: Chidozie falhou em zona proibida e Baker encarregou-se de colocar os holandeses na frente do marcador, atirando ainda de fora da área mas fora do alcance de Casillas, que fez a sua primeira aparição na baliza.

O FC Porto voltou a acusar o golpe e depois de Chidozie ter tentado redimir-se, num cabeceamento que falhou por pouco o alvo, vieram à superfície as hesitações e com elas o efeito letárgico do veneno e calculismo servidos pelos locais.

E como se não fosse já suficiente a tremedeira portista, também o árbitro resolveu pecar, ao fazer vista grossa a uma grande penalidade que poderia ter fechado a primeira parte com as equipas empatadas: Varela serviu Aboubakar que viu o remate estourar, impunemente, na mão de um defesa holandês. O Vitesse ainda dispôs de nova ocasião por Baker, mas o remate foi devolvido pelo poste de Casillas.

Para a segunda parte, Nuno Espírito Santo mostrou não estar na disposição de voltar a ser surpreendido na hora de trocar meia equipa, fazendo entrar mais cedo André Silva e Bueno. No caso do espanhol tratou-se mesmo de uma estreia, já que tem trabalhado à margem do grupo, após ausência de quatro meses.

O FC Porto voltou a entrar melhor e Aboubakar (que voltou a fazer parceria com André Silva) obrigou o poste a “encolher-se” para evitar o estrondo, num remate intencional a criar ilusão de golo. André André activou o lança mísseis, mas faltavam as coordenadas certas.

O domínio era mais uma vez ilusório e Casillas, com nova hesitação, só escapou ileso porque voltou a ser protegido pelos deuses, que levaram o remate de cabeça de Zhang a bater na barra e a voltar para o conforto do guarda-redes.

Nuno Espírito Santo refrescava as laterais, trocando Varela e Layún por Maxi e Alex Telles. Rúben cedia o lugar a Herrera e o “dragão” evitava descompensações bruscas. Mesmo assim, o jogo perdia fluidez e só as aparições de Jesus Corona alimentavam a esperança de inverter a situação. E à terceira, o mexicano foi feliz, aproveitando uma saída em falso do guarda-redes do Vitesse, prontamente explorada por Chidozie, que cruzou atrasado para o remate de primeira de Corona, a restabelecer o empate (1-1). Logo a seguir, nova mão na área do Vitesse, mas desta vez assinalado o respectivo castigo máximo, que André Silva não desperdiçou, fechando as contas do jogo que valeu cinco pontos aos "dragões".

Pelo FC Porto alinharam: Casillas; Varela, Chodozie, Diego Reyes e Miguel Layún; Rúben Neves, André André e Josué; Hernâni, Aboubakar e Brahimi. Jogaram ainda: André Silva, Bueno, Maxi Pereira, Alex Telles, Herrera, João Carlos Teixeira, Otavinho.

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