Totalmente focado no campeonato, o FC Porto tem frente ao V. Setúbal, adversário que já lhe custou dois pontos na primeira volta, um último e crucial teste antes do clássico da Luz, que os “dragões” começaram a preparar antecipadamente, reservando Maxi Pereira e André André.

A gestão do lateral uruguaio e do médio português – dupla que tem apresentado um elevado rendimento, que não deve ser dissociado do momento de forma do FC Porto, que soma nove vitórias consecutivas na Liga – pode ser um risco calculado, faltando apenas saber até que ponto Nuno Espírito Santo poderá suprir tranquilamente estas ausências, em especial a de André André.

Ainda sem Corona, apesar de o extremo estar finalmente integrado nos treinos depois da lesão que o mantém à margem desde o derby do Bessa, a solução mais pacífica e lógica no desenho portista passa pelo recurso ao mexicano Héctor Herrera, também ele à espera de ordem para regressar aos relvados, depois do golpe profundo sofrido no peito do pé, no jogo com a Juventus, da primeira mão dos “oitavos” da Liga dos Campeões, no Dragão, a 22 de Fevereiro.

O Vitória de José Couceiro – que apresenta carta de recomendação pouco simpática depois de empatr na Luz e bater o Benfica em Setúbal – pode ainda interpretar como fragilidade o desgaste físico a que o FC Porto esteve sujeito em Turim, num encontro de grande exigência e em que actuou mais de metade do tempo reduzido a dez jogadores, isto sem esquecer o factor viagem.

Apesar de tudo, o treinador da formação sadina opta por massajar o ego do “dragão”, colocando o ênfase no poder do adversário, revigorado pela manifestação de apoio da nação portista, desvalorizando o impacto da eliminação na Champions.

"Vamos ter um jogo com grau de dificuldade muito elevado. O FC Porto está bem e é poderoso. Não creio que o jogo com a Juventus, a meio da semana, tenha influência na motivação ou cansaço", assevera Couceiro, que não contará com o médio Mikel nem com o avançado José Manuel, ambos cedidos pelo FC Porto.