FC Porto apura-se para a quarta ronda da Taça

Gafanha caiu de pé frente a um "dragão" de primeira linha que não facilitou minimamente (0-3).

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O FC Porto apurou-se este sábado para os 16 avos-de-final da Taça de Portugal, impondo-se por 0-3 ao Gafanha da Nazaré, em partida realizada no Municipal de Aveiro.

Apesar da proximidade do compromisso para a Liga dos Campeões, prova na qual o FC Porto está expressamente proibido de voltar a falhar, Nuno Espírito Santo optou por um “onze“ que cobrisse todas as eventualidades e não deixasse margem para dúvidas quanto à determinação e, sobretudo, à coerência do discurso e dos actos do técnico, frente a um adversário menos categorizado. Ao contrário do que se verificou nos jogos dos dois rivais, com Jesus e Vitória a adoptarem uma política de rotatividade, o “dragão” entendeu que o risco poderia não compensar.

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E entendeu bem, porque o Gafanha provou, de forma cristalina, por que razão lidera destacado a Série D do Campeonato de Portugal. Os argumentos da equipa orientada por Nuno Pedro assentavam na organização defensiva, numa concentração e dedicação que contribuíram para 30 minutos sem grandes sobressaltos, apesar das ameaças de André Silva e Óliver. Sem forçar, o FC Porto analisava o terreno que pisava, certo de que a lógica desta eliminatória não seria desafiada pelos gafanhões. De facto, não se viu uma atitude provocatória nos jogadores da “casa”, apesar de um remate de Pedro Oliveira a testar José Sá.

O Gafanha estava atento, à espreita do mínimo deslize, com Nadson muito rotativo no apoio ao “Pirata” da equipa, Mino. O saque compensava plenamente, mas uma incursão de Maxi pelo flanco esquerdo deixou Otávio em posição de içar a âncora e afogar a ambição do adversário. Num passe de génio, o pequeno brasileiro do FC Porto quebrava o ânimo do Gafanha com um golo que colocava a eliminatória em perspectiva (32'). Os locais acusavam o golpe, mas sobreviviam depois de breves instantes em que o oxigénio parecia insuportavelmente rarefeito.

André Silva movimentava-se na sombra, à espera do momento certo, que quase ia chegando num mergulho de cabeça suficiente para aniquilar todas as esperanças do Gafanha. Anseios que logo voltavam em duas vagas: num livre portentoso de Renan, a beijar a barra, e numa emenda de Mino, a perdoar os pecados do “dragão”.

O intervalo ajudava o FC Porto a colocar as ideias em ordem e a ver que não bastava quebrar o gelo para garantir o sucesso. Até porque na baliza do Gafanha começava a brilhar a estrela de Diogo Almeida. A exibição do guarda-redes ia adiando o destino, que Nuno Espírito Santo decidiu acelerar com três substituições de uma assentada. O FC Porto mudava o ataque e Corona (aos 70', após canto) e Depoitre (90', de cabeça) desfaziam as dúvidas, numa noite em que o Gafanha sairia de cena de cabeça bem erguida.

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