O FC Porto venceu nesta sexta-feira o Benfica, por 98-89, no terceiro jogo da final do campeonato nacional de basquetebol, e pode sagrar-se campeão já no sábado, se vencer o quarto encontro novamente em casa.

Os portistas têm assim a possibilidade de festejar o título cinco anos depois do último, justamente no ano de regresso ao escalão principal, depois de três épocas nos escalões inferiores.

Num primeiro período que começou avassalador para o FC Porto, Troy DeVries (21 pontos e cinco assistências) mostrou logo nos primeiros segundos estar em "noite sim" quando abriu o activo com um triplo.

E, na verdade, a eficácia "azul-e-branca" nos lançamentos de três pontos acabou por ser o que mais se destacou no período inicial, concluído pelo FC Porto com uma vantagem de nove pontos, depois de ter tido um avanço de 14 a dois minutos do final (29-15).

Nessa altura, valeu ao Benfica a competência de Daequan Cook (33 pontos), que, com duas "bombas" consecutivas, reduziu a diferença para 33-24.

O Benfica fez uma óptima entrada no segundo período, conseguindo anular o FC Porto e deixando os "dragões" sem marcar durante três minutos. Sem surpresa, a equipa de Carlos Lisboa igualou o marcador (33-33), colocando-se na frente pela primeira vez na partida a seis minutos do intervalo.

Os jogadores do FC Porto sentiram o "abanão" e foram atrás do resultado, optando, ao contrário do primeiro período, por encontrar soluções no jogo interior, com os 2,14 metros do espanhol Albert Fontet a mostrarem-se decisivos.

No terceiro período, e numa altura em que já tinha descolado para nove pontos de diferença (58-49), o FC Porto começou a cometer muitos erros no ataque, com sucessivos ‘turnovers’ que o Benfica aproveitou para se aproximar no marcador.

Mesmo assim, o FC Porto, apoiado por um Dragão Caixa a ferver, viu o melhor de si num afundanço de Bradley Tinsley (19 pontos e 11 ressaltos) perante Jeremiah Wilson, e a deixar a margem de novo confortável no marcador.

A desvantagem de 13 pontos (85-72) que se verificou no último período é fruto de erros próprios do Benfica, que somou perdas de bola pouco comuns e revelou pouca eficácia no lançamento, acertando apenas 26 em 72 tentativas (36,1%).

A partir desse momento, o FC Porto, muito mais certeiro nos tiros de campo (34 em 62 – 54,8%), controlou por completo o encontro, não deixando os "encarnados" aproximarem-se e gerindo da melhor forma até ao final, garantindo assim a segunda vitória.