Nuno Espírito Santo soltou Brahimi, Soares fez o resto

Num derby portuense intenso no Estádio do Bessa, o avançado brasileiro fez o sexto golo em seis jogos pelo FC Porto e manteve a equipa “azul-e-branca” a apenas um ponto do líder Benfica.

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Soares continua com a pontaria afinada no FC Porto LUSA/ESTELA SILVA

Quatro dias depois de ver praticamente hipotecadas as hipóteses de alcançar os quartos-de-final da Liga dos Campeões, o FC Porto mostrou que no campeonato vai dar luta ao Benfica até ao fim. Num derby portuense intenso, Nuno Espírito Santo surpreendeu ao resgatar o 4x3x3 e acabou por ganhar a aposta. Com dois extremos muito móveis, os “dragões” baralharam a habitualmente fiável defesa do Boavista e Soares fez o resto: o avançado brasileiro, aos 7’, fez o sexto golo em seis jogos pelo FC Porto e garantiu três pontos que mantêm os portistas a apenas um ponto do líder Benfica.

Após uns meses iniciais de época com alterações tácticas constantes, o FC Porto parecia ter estabilizado no 4x4x2, mas Nuno Espírito Santo tirou um coelho da cartola para o 134.º duelo entre “panteras” e “dragões”. Para defrontar uma equipa que, com Miguel Leal, se tem destacado por fazer da sua organização defensiva a principal arma, o treinador do FC Porto voltou a baralhar tudo. Pela primeira vez nesta época para o campeonato, André Silva foi para o banco e o FC Porto apresentou-se em 4x3x3, com Corona e Brahimi nos flancos e Soares no meio dos centrais “axadrezados”. A opção de Nuno Espírito Santo apanhou os boavisteiros desprevenidos e, dessa forma, o “dragão” fez xeque-mate ao rival.

A mobilidade inicial do trio de ataque do FC Porto — André André também desempenhou um papel importante —, resultou em dez minutos iniciais de completo domínio “azul-e-branco” e antes que Miguel Leal conseguisse reorganizar as suas peças, os portistas marcaram: a defesa do Boavista não acertou nas marcações, Corona surgiu solto na direita e colocou na pequena área, onde Soares, no sítio certo, não perdoou. Aos sete minutos, o FC Porto já estava em vantagem e passava a responsabilidade para o outro lado da Invicta.

Sem o preponderante Idris no meio-campo, o Boavista apenas depois de ir ao tapete conseguiu reagir, mas aos 10’ Boly evitou que Anderson Carvalho fizesse o empate. Com os portistas mais recuados, os “axadrezados” voltaram a criar perigo pelo brasileiro (Casillas fez uma grande defesa aos 30’), Brahimi estava em noite inspirada e antes do intervalo ofereceu a Soares a oportunidade de bisar, mas Vágner manteve os boavisteiros na luta pelo resultado.

Na segunda parte, o jogo tornou-se mais quezilento e perdeu qualidade. Sem Corona (saiu lesionado) — motivando um desentendimento no relvado ao intervalo e que levou à expulsão de Nuno Espírito Santo e de Alfredo, treinador adjunto do Boavista — e com Brahimi menos interventivo, o FC Porto tornou-se menos perigoso, mas o Boavista apenas aos 67’ assustou Casillas (Marcano evitou o golo do maltês) e, nos últimos 10 minutos, as duas equipas acabaram reduzidas a dez jogadores: Henrique saiu lesionado e Maxi acabou expulso por acumulação de amarelos.

 

 

 

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