Europeu Sub-21: bilhete para a Polónia terá de esperar

O empate com Israel adia a confirmação da presença de Portugal no Campeonato da Europa de 2017.

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A selecção portuguesa sub-21 sentiu algumas dificuldades frente à Grécia AFP/Michael Bradley

A selecção portuguesa de sub-21 ainda não conseguiu garantir a presença no Campeonato da Europa de Sub-21. Uma vitória asseguraria o bilhete para a Polónia, mas Portugal empatou a zero, com Israel, adiando o sonho de estar no Europeu.

Portugal lidera, ainda assim, o grupo 4 de apuramento - com seis vitórias e um empate - e continua em óptima posição para se apurar para a competição e tentar vingar a derrota sofrida na final do Europeu de 2015, frente à Suécia.

Apuramento está ao alcance, mas não garantido

Este fim de tarde trouxe estádio cheio, em Paços de Ferreira, para assistir ao jogo em que Portugal poderia garantir a presença no Campeonato da Europa de sub-21, em 2017, na Polónia.

Numa selecção que tinha vencido todos os jogos, nesta qualificação, a expectativa era de carimbar, já hoje, o bilhete para a Polónia. No entanto, Portugal ainda não tem garantida a viagem de cerca de quatro horas entre o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, e o Aeroporto Frédéric Chopin, em Varsóvia. Mas o bilhete continua ao alcance da equipa nacional.

Na capital do móvel, o seleccionador nacional Rui Jorge apresentou uma equipa em 4x3x3. Rúben Neves foi o médio mais defensivo (embora o termo “defensivo”, neste jogo, seja uma hipérbole), enquanto André Horta e Bruno Fernandes tiveram mais liberdade para chegar à área. Na frente, Iuri Medeiros e Gelson Martins jogaram pelos corredores, tentando servir o novo ponta-de-lança do Olympiakos, Gonçalo Paciência.

A primeira parte foi de sentido único, dado que a equipa de Israel “acampou”, autenticamente, junto à sua área. O jogador mais adiantado da equipa israelita defendeu a meio do seu meio-campo, o que ilustra a postura defensiva da equipa. Contra 11 jogadores atrás da linha da bola, Portugal teve dificuldades para criar situações de golo e, só após os dez minutos, Portugal encontrou o caminho da baliza, em remates tímidos de Gonçalo Paciência.

Apesar de o jogo só ter um sentido, a primeira grande ocasião de perigo até foi de Israel. Aos 16 minutos, o avançado Gozlan aparece na cara de Joel Pereira, mas não consegue dar o toque final ao cruzamento de Altman.

Depois de uma pausa para beber água, a meio da primeira parte, Portugal regressou mais hidratado, mas menos perigoso. A equipa voltou adormecida, criando menos perigo e dando mais bola à selecção de Israel. O tempo passou e, só no fim da primeira parte, Portugal voltou a criar verdadeiro perigo, com a investida e remate do lateral Fernando Fonseca, já dentro da área.

Um regresso com o "turbo" ligado

Após o intervalo, Portugal regressou a todo o gás. A equipa entrou em campo com Gonçalo Guedes no lugar de Iuri Medeiros e, em cinco minutos, criou duas boas ocasiões de perigo. Rúben Neves, aos 47, para fora, e Bruno Fernandes, aos 49’, de trivela, para defesa de Elkaslasi, remataram com perigo e colocaram os israelitas em sentido.

Aos 64 minutos, Rui Jorge tirou o seu jogador de área, Paciência, para colocar um criativo, Diogo Jota. O novo jogador do FC Porto entrou com vontade. A velocidade e mobilidade do jovem extremo causaram estragos e Jota criou três ocasiões de perigo, em dois minutos em campo.

Aos 72 minutos, houve troca entre os irmãos Horta, na selecção portuguesa: saiu André e entrou Ricardo. Portugal acabou o jogo com quatro flanqueadores na sua equipa: Ricardo Horta, Diogo Jota, Gonçalo Guedes e Gelson Martins.

Aos 83 minutos, Gelson Martins – sempre ele, o melhor em campo – desequilibrou, na direita, mas Ricardo Horta desperdiçou a boa assistência do ala do Sporting, rematando muito por cima.

Até final, a equipa portuguesa foi para a frente com mais emoção do que razão e a equipa israelita, satisfeita com o resultado, foi queimando tempo como podia. Os minutos passaram e passou também a possibilidade de Portugal assegurar, já nesta sexta-feira, um lugar no europeu da Polónia, em 2017.

Na equipa portuguesa, destaque para Gelson Martins, o mais inconformado e perigoso, para Diogo Jota, que entrou bem na partida e para Rúben Semedo que, apesar do pouco trabalho defensivo, mostrou sempre grande segurança e muita qualidade na saída de bola.

Portugal alinhou com: Joel Pereira; Fernando Fonseca, Tobias Figueiredo, Rúben Semedo e Yuri Ribeiro; Rúben Neves, Bruno Fernandes e André Horta (Ricardo Horta); Gonçalo Paciência (Diogo Jota), Iuri Medeiros (Gonçalo Guedes) e Gelson Martins.

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