Jonas foi o seguro de vida do Benfica

“Bis” do avançado deu triunfo sobre o Estoril, numa partida em que os “encarnados” estiveram longe de brilhar. Visitantes dominaram a segunda parte e acertaram duas vezes nos ferros da baliza de Ederson.

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Jonas marcou os dois golos do Benfica contra o Estoril LUSA/TIAGO PETINGA

Sofreu-se a bom sofrer nas bancadas do Estádio da Luz, num fim de tarde repleto de nervos mas que terminou com o triunfo valioso sobre o Estoril-Praia (2-1). A equipa de Rui Vitória deu mais um passo rumo ao tetracampeonato, quando ficam a restar três jornadas para a conclusão da Liga NOS. Jonas marcou os dois golos “encarnados” e permitiu ao Benfica manter o FC Porto à distância. Mas os visitantes, com uma grande exibição na segunda parte, testaram até ao limite a resistência do líder da classificação.

Três semanas e meia depois de ter ameaçado a surpresa na Luz, na segunda mão da meia-final da Taça de Portugal, numa partida em que esteve duas vezes em vantagem no marcador e arrancou um empate (3-3), insuficiente, contudo, para inverter a derrota sofrida na primeira partida, na Amoreira (1-2), o Estoril voltou a mostrar-se personalizado em casa do Benfica. Após uma primeira parte em que se concentrou em segurar os “encarnados”, a equipa de Pedro Emanuel assumiu o controlo da partida no segundo tempo e pode queixar-se da sorte por só ter feito um golo: os estorilistas acertaram duas vezes nos ferros da baliza de Ederson e também viram o guarda-redes benfiquista fazer um par de excelentes intervenções.

Irreconhecível, com várias unidades em sub-rendimento e a mostrarem lapsos de concentração comprometedores, o Benfica da segunda parte viu-se ultrapassado pelas circunstâncias e sem capacidade de reagir. Mas ter Jonas é como ter um seguro de vida: o brasileiro, que já tinha marcado na primeira parte, de penálti, desfez a igualdade aos 66’ e garantiu que os três pontos ficavam na Luz. Foi a melhor forma de assinalar o regresso à titularidade, após falhar o derby em Alvalade – Rafa foi o sacrificado.

O plano inicial do Estoril passava por criar ansiedade ao Benfica e os “encarnados” ajudaram a que resultasse com um começo de jogo lento e previsível. A equipa de Rui Vitória demorou 16 minutos a chegar com perigo à baliza defendida por Moreira, com Salvio a fazer um remate cruzado após passar por João Afonso. O defesa fez um corte importante ao tirar a bola do pé de Mitroglou quando o grego se preparava para rematar (26’), mas o Benfica colocou-se em vantagem no marcador pouco depois: Jonas bateu Moreira de penálti, a castigar falta de Licá sobre Nélson Semedo, sem margem para qualquer dúvida.

Kléber podia ter respondido de imediato, quando surgiu isolado perante Ederson e fez a bola passar pelo guarda-redes – mas fê-lo sem força ou direcção e Lindelöf controlou a jogada. Até ao intervalo, Cervi e Salvio dispuseram de boas situações para marcar, mas desperdiçaram-nas.

O Benfica vivia uma ilusão de conforto, mas a segunda parte traria os “encarnados” de volta à realidade. Com um início demolidor, o Estoril instalou-se no meio campo "encarnado" e foi criando oportunidades umas a seguir às outras. Carlinhos entrou na área mas rematou ao lado, depois Kléber, novamente isolado perante Ederson, permitiu a defesa, e Licá cabeceou após canto para mais uma grande intervenção do guarda-redes. Aos 56’ Ailton, de fora da área, fez um remate fortíssimo que acertou em cheio na trave da baliza das "águias", e dois minutos depois foi Mattheus Oliveira, de livre directo, a acertar no poste.

A Luz sustinha a respiração e exasperava-se com cada erro dos “encarnados”. A paciência esgotou-se quando Kléber voltou a surgir sem oposição, após passe de Ailton, e fez o 1-1. Ederson escorregou quando saía da baliza e, desta vez, o avançado marcou, fazendo a bola passar por baixo do guardião.

Só que depois surgiu Jonas, salvador, a resgatar a equipa de Rui Vitória e a devolver os benfiquistas à euforia com um grande golo, num remate de longe sem hipóteses para Moreira. Os “encarnados” sobreviveram a mais uma jornada.

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